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A Venenosa Tá On - Com Alex Thomas

“Humor saudável, segundo ele” — Jonas Machado se defende com nota, mas internautas não compram a piada

“Humor saudável, segundo ele” — Jonas Machado se defende com nota, mas internautas não compram a piada

Após grande repercussão negativa de um vídeo publicado nas redes sociais, o influenciador digital Jonas Machado veio a público por meio de nota oficial, nesta quinta-feira (23), para repudiar o que classificou como uma tentativa de “manipulação da opinião pública” ao relacioná-lo à morte de uma adolescente na cidade de Assis Brasil. No comunicado, Jonas reforça que o conteúdo em questão foi produzido em espaço público e que faz parte de um formato leve e humorístico, já reconhecido em seu trabalho. Ele afirma que “jamais houve qualquer intenção de ofender, humilhar ou expor negativamente qualquer pessoa”.

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Apesar da nota, muitos internautas reagiram de forma crítica à justificativa apresentada pelo influenciador. Nos comentários, diversas pessoas apontaram que o vídeo — longe de ser apenas uma “brincadeira saudável” — teve tom ofensivo e desrespeitoso, especialmente por se tratar de uma adolescente. Seguidores relataram que o conteúdo foi inadequado e, para alguns, chegou a servir de gatilho emocional, colaborando indiretamente para o desfecho trágico que envolveu a jovem.

O vídeo em questão, que continha a participação da adolescente e circulava nas redes do próprio Jonas, foi apagado após a repercussão do caso. A exclusão, para muitos, confirma que o conteúdo não era tão “leve” quanto alegado pelo influenciador, levantando questionamentos sobre a real intenção por trás da publicação e, principalmente, sobre o limite ético que foi ultrapassado.

“Não foi humor, foi exposição gratuita. Isso não é leveza, é crueldade disfarçada de entretenimento”, escreveu uma seguidora. Outro comentário destacou: “O sofrimento da família não pode ser ignorado. A forma como a menina foi tratada no vídeo foi de extremo mau gosto.”

A nota de Jonas também critica o uso da imagem da jovem para gerar engajamento por parte de perfis que, segundo ele, estariam distorcendo os fatos para atacá-lo. Ainda assim, especialistas em ética digital e seguidores reforçam que criadores de conteúdo devem assumir a responsabilidade sobre o impacto que suas publicações podem causar, principalmente quando envolvem pessoas em situação de vulnerabilidade.

Diante da gravidade do episódio, o caso reacende o debate sobre os limites do humor nas redes sociais e a importância do cuidado no tratamento de pessoas comuns expostas ao grande público.

À opinião pública, fica o alerta: nem tudo que viraliza merece risos. Quando o entretenimento ultrapassa os limites do respeito, é preciso refletir: o que estamos consumindo e, pior, a quem estamos dando palco? Redes sociais não são terra sem lei — e a empatia não pode ser esquecida em nome de curtidas.