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Morre Toniquin, presidente da Federação de Futebol do Acre e vice da CBF

Morre Toniquin, presidente da Federação de Futebol do Acre e vice da CBF

O advogado Antonio Aquino Lopes, mais conhecido como Toniquim, de 77 anos, morreu na madrugada desta quarta-feira, dia 16, em Rio Branco (AC), vítima de um infarto. Aquino era presidente da Federação de Futebol do Acre (FFAC) há quase quarenta anos e ocupava há sete o cargo de vice-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

Apesar de confirmada a morte, a família do cartola ainda não passou informações sobre o velório. Uma das filhas de Aquino, que vive fora do Acre, deve chegar à cidade nas próximas horas. A comunidade do futebol movimenta as redes sociais e a imprensa esportiva acerca da morte de Antonio Aquino Lopes. O advogado recebeu atendimento em um hospital particular da cidade.

Em nota, a FFAC decretou luto oficial e destacou o legado de Toniquim, pontuando suas ações baseadas na integridade, liderança e compromisso com o desenvolvimento do futebol no Acre. Aquino comandava a federação há 40 anos, e pretendia se candidatar para mais um mandato.

“Dr. Antonio Aquino Lopes deixa um legado de integridade, liderança e compromisso com o desenvolvimento do futebol no Acre, sendo peça fundamental na construção e fortalecimento de nossa história esportiva”, diz a nota.

QUEM FOI ANTONIO AQUINO LOPES?

O envolvimento do advogado Antônio Aquino Lopes (Toniquim) com o futebol começou na segunda metade da década de 1960, quando ele ingressou no juvenil do Vasco da Gama, dirigido pelo professor Almada Brito. Correndo pela ponta direita do campo, o pequeno jogador chamava a atenção dos torcedores pelos seus cruzamentos precisos para os parceiros.

Apesar da promessa de craque que se configurava aos olhos de quem o via, ele não chegou a jogar na equipe principal do Vasco, por conta da necessidade, lá pelas tantas, de ajudar o pai, Acelino Aquino, no comércio da família. “Não dava tempo pra treinar”, disse Toniquim. Mas dava para jogar na várzea, sempre aos domingos, no São Raimundo, time do bairro 15.

Depois do São Raimundo, Toniquim foi para o Amapá, que era um time de uma colônia na região onde hoje está construída a terceira ponte de Rio Branco. Isso já na segunda metade da década de 1970. No chamado “Diabo Laranja”, ele passou a exercer as funções de jogador e diretor. E foi dele a iniciativa de filiar o clube à Federação Acreana de Desportos (FAD).

Um dia, porém, o Amapá ficou pequeno para o Toniquim. Percebendo seu potencial de trabalho, os clubes mais estruturados trataram de convidá-lo para ajudar na defesa das suas respectivas cores. E, assim, ele passou, no início dos anos 1989, pelas diretorias do Atlético (convidado pelo Dr. Adauto Frota) e do Rio Branco (convidado por Sebastião Alencar).

A CHEGADA À FEDERAÇÃO ACREANA DE DESPORTOS

Ainda no início da década de 1980, Toniquim chegou à FAD, na condição de diretor do Departamento Técnico, a convite do presidente Pedro Paulo Menezes de Campos Pereira. Daí para o exercício de cargo máximo da mentora foi só questão de (pouco) tempo. E no segundo semestre de 1984 ele foi eleito pelos clubes para a presidência da Federação.

Desse ano até hoje, Toniquim jamais deixou de ser o dirigente maior do futebol acreano, elegendo-se de forma ininterrupta pela maioria dos dirigentes dos clubes locais, que reconhecem na sua pessoa um administrador competente e dedicado. Não fosse assim, certamente já o teriam destituído da presidência e colocado outro no seu lugar.

Certamente pesam a favor dele, a cada eleição, as suas múltiplas realizações em prol do futebol acreano. Casos, só para ficar em três exemplos, da construção de uma sede para a federação, que vivia em imóveis cedidos ou alugados, do advento do profissionalismo, sem o qual os times locais estariam fadados às disputas locais; e da construção de um estádio.

ELEIÇÕES EM 2023

Em 2023, após muitos anos, Toniquim foi candidato e encontrou posição para tentar mais um mandato. O deputado federal Roberto Duarte tentou a presidência da entidade futebolística, mas acabou derrotado nas urnas, recebendo apenas 10 votos ante os 19 de Aquino. Outros três votos foram brancos, e um dos clubes foi impedido de votar no pleito.