O pesquisador meteorológico Davi Friale informou que a elevada umidade do ar, que vem do Atlântico, vai continuar provocando chuvas diárias, pelo menos até o próximo dia 22 de novembro, na maior parte do Acre, de Rondônia, do Amazonas, de Mato Grosso, de Goiás, do Distrito Federal, da Bolívia e do Peru.
Segundo ele, até o próximo domingo (14), poderão ser registrados acumulados significativos, entre 40 e 130mm, na maioria dos municípios acreanos, inclusive, em Rio Branco.
Na próxima semana, após o feirado de 15 de novembro, uma nova onda polar fraca deixará o tempo extremamente instável, entre os dias 17 e 19, com chuvas intensas a qualquer hora no Acre e nas áreas vizinhas.
As chuvas serão diárias, com acumulados que poderão passar de 200mm, nos próximos doze dias, em muitos municípios acreanos e nos estados e países vizinhos.
Em Rio Branco, o rio Acre deverá subir rapidamente no fim desta semana e, até o fim de novembro poderá passar dos atuais 2m para para mais de 8m.
Friale diz que não há indícios de grandes alagamentos
Apesar das chuvas intensas nestes dias de primavera, não há indícios de que o próximo verão – dezembro, janeiro, fevereiro e março – será com inundações alarmantes no Acre.
As chuvas atuais são consequência principalmente do aquecimento de cerca de 1ºC acima da média das águas superficiais do oceano Atlântico, próximo à linha do equador terrestre, entre o Brasil e a África.
A causa do aquecimento e do resfriamento dos oceanos ainda não é explicada cientificamente e, portanto, é impossível fazer previsões confiáveis para além de 60 dias. Caso o Atlântico resfrie, teremos um verão com chuvas abaixo da média, porém, se suas águas ficarem mais quentes do que atualmente, aí, sim, poderão ocorrer inundações alarmantes no Acre e nas regiões próximas.