Um estudo, publicado pelo Instituto Sou da Paz este mês, identificou três iniciativas do Acre com relação ao enfrentamento à violência nas escolas. A pesquisa leva em consideração dados produzimos de 2022 a outubro de 2024.
Entre as iniciativas do Acre estão a instalação do Comitê Interinstitucional de Enfrentamento à Violência nas Escolas, Projeto Mediação de Conflitos nas Escolas e Projeto Cidadão e o Projeto Cidadania e Justiça na Escola. Todos, são iniciativas do Tribunal de Justiça do Estado do Acre (TJAC).
“Constatamos aqui que, entre 2022 e 2024 houve uma onda de 16 ataques extremos a escolas no Brasil, parte de um fenômeno que totaliza 32 ocorrências desde 2002, 52 vítimas fatais e inúmeras outras afetadas desde 2002. Esses eventos trágicos expuseram não apenas a vulnerabilidade das escolas a diversos tipos de atentados, sendo os ataques extremos os mais graves, mas também uma realidade que exige a atenção de toda a sociedade: as violências cotidianas — como bullying, discriminação e agressões “silenciosas” — que afetam diretamente o clima escolar, prejudicam relações e comprometem o desenvolvimento dos estudantes”, enfatizam os pesquisadores.
Os pesquisadores recomendam que é preciso “direcionar o investimento da Polícia Militar para o desenvolvimento de ações preventivas e integradas aos seus territórios de atuação, partindo das premissas de policiamento comunitário, a fim de fortalecer a relação de confiança e a sensação de segurança no território, contribuindo com a sensação de segurança da sociedade. Além disso, é necessário o “fortalecimento da ronda escolar como estratégia de incremento da presença policial nos espaços de circulação de estudantes, ou seja, no entorno das unidades de ensino, cultivando a segurança necessária”.
