O Ministério da Agricultura declarou, nesta quinta-feira (5), o estado do Acre como “área sob quarentena” para a praga que atinge os cacaueiros, a chamada monilíase do cacaueiro. A praga foi detectada pela primeira vez no Brasil em Cruzeiro do Sul, em julho deste ano.
Com isso, fica proibida a saída do Acre de frutos e plantas hospedeiras da praga para outros estados do Brasil.
O status de "área sob quarentena" para todo o estado permanecerá vigente até que sejam concluídos os trabalhos de delimitação da área exata da ocorrência da praga e estruturadas as medidas previstas de prevenção e erradicação da praga previstas no Plano Nacional de Prevenção e Vigilância de Moniliophthora roreri.
No mês passado, um foco da praga foi detectado em área residencial urbana no município de Cruzeiro do Sul, interior do Acre.
Monilíase do cacaueiro
A monilíase é uma doença devastadora que afeta, principalmente, plantas do gênero Theobroma, como o cacau (Theobroma cacao L.) e o cupuaçu (Theobroma grandiflorum), causando perdas na produção e uma elevação nos custos devido à necessidade de medidas adicionais de manejo e aplicação de fungicidas para o controle da praga.
Essa é uma doença que atinge somente as plantas hospedeiras do fungo, sem riscos de danos à saúde humana.
O Ministério alerta que, devido ao seu potencial de danos às culturas, "é de fundamental importância a notificação imediata de quaisquer suspeitas de ocorrência da praga nas demais regiões do país às autoridades fitossanitárias locais."
Na América do Sul, a praga já está no Equador, Colômbia, Venezuela, Bolívia e Peru.