Amair Feijoli da Cunha, já condenado por seu envolvimento na morte da missionária norte-americana Dorothy Stang, recebeu nova sentença da Justiça Federal do Amazonas, desta vez por crimes ambientais. A decisão estabelece pena de nove anos de prisão, com possibilidade de recorrer em liberdade.
A investigação apontou que Feijoli ocupou ilegalmente terras públicas na Floresta Estadual do Antimary, no Acre, além de manter posse irregular de duas propriedades em Lábrea (AM). Durante o processo, ele chegou a ser preso.
Outras três pessoas também foram condenadas: Alexandre Alcantra Costa, a seis anos e quatro meses de prisão; José Admir Ferreira, a 12 anos e nove meses; e Patrick Coutinho da Cunha, filho de Feijoli, a 12 anos e oito meses.
Ferreira, Feijoli e seu filho foram considerados culpados por invasão de terras públicas, desmatamento, falsidade ideológica ambiental e organização criminosa, enquanto Costa respondeu apenas por falsidade ideológica e participação em organização criminosa.
Imagens da Polícia Federal registraram desmatamento e ocupação irregular das áreas investigadas. Segundo o advogado Danilo Gonçalves de Campos, que representa Feijoli e o filho, todos permanecerão em liberdade enquanto os recursos são analisados.
O advogado reafirmou que todas as terras de Feijoli são documentadas e negou qualquer envolvimento dele em desmatamento ou organizações criminosas, garantindo que buscará a absolvição dos clientes na Justiça.
