O superintendente do Dnit no Acre, Ricardo Araújo, informou na tarde desta terça-feira (17) que os R$ 16 milhões que seriam destinados à construção da ponte de Rodrigues Alves, no Juruá, foram realocados para os serviços de recuperação da BR-364. A medida foi necessária por causa de uma decisão da Justiça que suspendeu o edital de construção da ponte.
“Em nenhuma momento houve retirada de dinheiro da ponte. O que houve é que para não perdermos o dinheiro houve essa necessidade”, informou o superintendente ao Notícias da Hora.
A ação judicial que impede a execução da ponte é de autoria da ONG SOS Amazônia e tem como objeto final inviabilizar a construção de um acesso que liga a região do Juruá a Pucallpa, no Peru.
O Dnit acredita, porém, que a entidade deve desmembrar a ação e liberar em 2024 a execução da ponte. O órgão do governo federal espera trabalhar com ao menos R$ 60 milhões de emendas para o início das obras no ano que vem.
“Em razão da inviabilização da execução da ponte do municipio de Rodrigues Alves para o ano vigente, e por força de decisão judicial, e solicitação do Ministério Público Federal e ONG SOS Amazônia, e ter sido declarada a nulidade do edital do contrato, do qual estava sendo elaborado o projeto de execução da ponte. Dado as circunstâncias, e a importância da locação dos recursos no montante de R$ 16 milhões, tão fundamentais para o desenvolvimento do estado do Acre, e na possibilidade de devolução dos recursos, se fez necessário em caráter de urgência solicitamos a bancada acreana, através do coordenador de bancada o senador Alan Rick, a realocação dos recursos que seriam para a execução da ponte de Rodrigues Alves, que estando inviabilizada para este ano, seriam disponibilizados para a manutenção da BR-364/AC, sentido Sena Madureira a Cruzeiro do Sul. Reiteramos ainda, que de maneira nenhuma, a construção da ponte de ligação do Municipio de Rodrigues Alves deixou de ser prioridade para este departamento, e tampouco, para o governo do presidente Lula que tem como prioridade às políticas de acesso e inclusão social”, diz a nota do Dnit.