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POLÍTICA

Acre avança em direitos para portadores de lúpus com projeto do deputado Pablo Bregense

Acre avança em direitos para portadores de lúpus com projeto do deputado Pablo Bregense

Em uma votação histórica, a Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) derrubou, nesta terça-feira (12), o veto do governador Gladson Cameli ao Projeto de Lei nº 43/2024, de autoria do deputado Pablo Bregense, que equipara o lúpus à deficiência para fins legais. A iniciativa representa um marco na luta por direitos e dignidade das pessoas que convivem com essa doença crônica e complexa, especialmente no estado, onde a doença autoimune afeta grande parte da população feminina.

O lúpus é uma condição autoimune que, além de ter impacto severo na qualidade de vida, compromete órgãos e sistemas, como pele, articulações, rins e até o cérebro. A proposta de Bregense busca não apenas reconhecer os desafios enfrentados por quem convive com a doença, mas também assegurar-lhes o direito de acesso a benefícios e proteções sociais garantidos às pessoas com deficiência. A ação do deputado torna-se ainda mais relevante quando se considera que o projeto foi elaborado a partir de sua proximidade e compreensão do sofrimento das mulheres afetadas pela doença no estado.

Bregense destacou o impacto positivo que o projeto terá na vida dessas pessoas, lembrando que sua motivação foi o contato direto com a realidade e as limitações enfrentadas por esses pacientes. "Eu não poderia me colocar a favor desse veto por conta de que é uma lei que eu redigi e um projeto de lei que eu acompanhei o sofrimento dessas mulheres, a ter que reconhecer por parte do estado a deficiência", declarou o deputado durante a sessão.

O projeto de lei, agora mantido, tem potencial de trazer avanços significativos para as políticas de saúde e inclusão do Acre, equiparando o estado a uma postura de maior sensibilidade e compreensão sobre o lúpus. A doença, que afeta uma em cada 1.700 pessoas com doenças autoimunes no Brasil, demanda cuidados médicos constantes e limitações na vida diária, algo que as leis brasileiras ainda não contemplavam plenamente.

A derrubada do veto, com 15 votos a favor e apenas uma abstenção, demonstra o apoio sólido dos parlamentares à causa e reforça o compromisso da Aleac em atender às necessidades de uma parcela vulnerável da sociedade. A vitória não representa apenas a aprovação de uma legislação; ela simboliza um avanço na conscientização pública sobre o lúpus e um passo importante para reduzir as barreiras sociais enfrentadas pelos portadores da doença.

Com a promulgação da lei, o estado do Acre assume uma posição de destaque ao proporcionar uma resposta inclusiva a quem convive com lúpus, servindo de exemplo para outras regiões e evidenciando a necessidade de legislação semelhante em âmbito nacional. A iniciativa do deputado Pablo Bregense ilumina o caminho para o fortalecimento dos direitos humanos e sociais, mostrando que, quando o poder legislativo escuta as necessidades da população, é possível promover mudanças significativas e transformadoras na sociedade.

Esta conquista para o Acre reafirma a importância de olhar para as minorias com compaixão e responsabilidade, lembrando que legislar é também atender ao apelo dos que mais necessitam.