O Projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2026, enviado no início da semana ao Congresso Nacional, prevê um aumento de 7,37% no salário mínimo, que passará de R$ 1.518 para R$ 1.630. O reajuste leva em consideração a estimativa de 4,76% para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) dos 12 meses até novembro, somado ao teto de crescimento de gastos de 2,5% acima da inflação, conforme determinado pelo arcabouço fiscal.
O projeto também apresenta projeções para os próximos anos, com valores estimados de R$ 1.724 em 2027, R$ 1.823 em 2028 e R$ 1.925 em 2029, que ainda poderão ser revisados nos PLDOs futuros. Apesar do retorno da fórmula que corrige o salário mínimo com base no INPC e no crescimento do PIB de dois anos anteriores, o arcabouço fiscal impôs limites, reduzindo o crescimento real de 3,4% para 2,5%.
Segundo o Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO) o aumento de R$ 1 no salário mínimo tem impacto de aproximadamente R$ 400 milhões no Orçamento Federal, influenciando benefícios como aposentadorias, abono salarial, seguro-desemprego e o Benefício de Prestação Continuada (BPC). Com base nas projeções, as despesas da Previdência Social podem ter alta de R$ 115,3 bilhões, enquanto a arrecadação prevê ganhos de R$ 71,2 bilhões.