Os candidatos ao governo do Acre Jorge Viana (PT), Gladson Cameli (PP), Nilson Euclides (PSOL), Mara Rocha (MDB) e Marcio Bittar (UB) participaram na noite de hoje (27) do debate realizado pela TV Acre, afiliada da TV Globo no Acre. O primeiro candidato a falar foi Marcio Bittar. Ele frisou que o apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL) tem sido fundamental para o Acre.
“Muitas obras serão frutos de emendas que eu consegui junto ao governo federal, com o presidente Bolsonaro. Ou a gente utiliza o potencial que nós temos no Acre, ou vamos continuar pobres (...). E fez críticas às gestões petistas: “o cuidado ambiental não pode chegar ao ponto que chegou”.
Ao contrário de Marcio, Petecão (PSD) saiu em defesa do meio ambiente. Disse que é preciso investir em tecnologia de ponta para evitar o desmatamento e aumentar a produtividade.
“Hoje, nós temos que nos preocupar com o meio ambiente. Nós vamos investir em tecnológica. Fortalecer o turismo ambiental. Fortalecer as gestões nas unidades de conservação. Houve, sim, exageros por alguns governos que passaram e prejudicaram a nossa produção”, afirmou Petecão.
Ainda no eixo produção rural e meio ambiente, a candidata do MDB, Mara Rocha, ressaltou que as grandes economias do Brasil foram montadas em torno do agronegócio. “No nosso governo vamos trabalhar em três pilares fundamentais: regularização fundiária, melhoria de ramais, precisamos dar condições aos nossos produtores. Terceiro ponto, assistência técnica. No nosso governo vamos abraçar a produção rural. Eu acredito muito que este estado pode ser um estado forte. Os grandes estados do Brasil, são estados agrícolas”.
Rebatendo todos os discursos sobre agronegócio, Nilson Euclides (PSOL), afirmou: “eu acredito que o governo Gladson Cameli é um governo desastroso. Não há uma área que o governo Gladson Cameli tenha se destacado. Saúde, Segurança Pública, a questão do agronegócio (...). A Amazônia precisa do agronegócio que invista em tecnologia. A ideia de que a floresta prejudica o desenvolvimento e esse discurso atrasado, estupido, de dizer que a floresta traz a pobreza, é equivocado”.
Já no segundo bloco, ao ser questionado por Sérgio Petecão, o governador Gladson Cameli partiu para o contra-ataque. Afirmou que não faz um governo perseguidor, como chegou a mencionar Petecão com relação aos prefeitos de outras siglas partidárias. “Não persigo ninguém. Sou democrático e vou seguir a minha linha”.
Jorge Viana (PT) aproveitou o tempo para questionar Marcilo Bittar, que foi o relator do Orçamento Geral da União que está em execução este ano, sobre os recursos destinados ao Acre.
“Primeiro, quero dizer que acho muito estranho essa história dos bilhões nos outdoors e nenhuma obra acontecendo. Eu andei esse estado inteiro, em município nenhum. Aliás, tem. Ali em Senador Guiomard, o Gladson foi outro dia inaugurar o comitê dele, mas nenhuma obra o governo dele fez em 4 anos. O Gladson, que está aqui do meu lado parece que tomou algum anestésico, porque ele consegue mentir toda hora. Esse negócio de Batalhão de Fronteira, você criou nada disso. Tem 28 pessoas trabalhando no Gefron, acorda”, alfinetou o petista e reforçou: “O Gladson está aqui como se vivesse em outro planeta, como disse o Petecão. Então, Marcio, eu queria saber para onde foi o dinheiro que vocês disseram que veio para cá”, questionou.
A resposta de Marcio Bittar a Jorge Viana veio em tom moderado, porém direto. Para Bittar, o candidato petista prefere não enxergar as obras que estão sendo executadas com emendas dele e com o apoio de Bolsonaro. “Eu não sei qual é a sua dificuldade. Eu nunca tive problema de reconhecer obra que vocês fizeram. Agora, qual é a sua dificuldade de ir a Xapuri e ver a ponte sendo construída, depois de 50 anos de promessas. É uma emenda minha, são R$ 25 milhões que está empenhado. Qual a dificuldade que você tem de ir na Variante, em Xapuri, e dizer que a obra que está sendo feita, 20 e poucos quilômetros de asfalto, é uma emenda minha. Qual a dificuldade que você de reconhecer o papel do presidente Bolsonaro?”, questionou o candidato do União Brasil.
O debate foi encerrado no segundo bloco, após a Polícia Federal ser acionada para ir à emissora para que uma decisão judicial em favor do candidato David Hall fosse cumprida. Hall obteve na Justiça o direito de participar do debate. A emissora foi obrigada a suspender a transmissão. Haviam dois blocos para o encerramento. A decisão proferida a favor do candidato do Agir é da desembargadora Denise Bonfim.