Em participação no podcast Papo Informal de quinta-feira, 7, apresentado pelo jornalista Luciano Tavares, o senador Alan Rick discutiu temas ligados à economia, gestão pública e valores conservadores. Durante a conversa, o parlamentar afirmou que se identifica com o liberalismo econômico e o conservadorismo nos costumes, defendendo um Estado mais enxuto e eficiente.
“Eu defendo o liberalismo econômico, eu defendo um Estado menor, eu defendo que os serviços públicos que são ineficientes precisam ser modernizados”, afirmou o senador.
Questionado por Luciano Tavares sobre o que significaria, na prática, “um Estado menor”, Alan Rick respondeu: “Por exemplo, por que não diminuir o tamanho do Congresso? Por que não aplicar modelos de gestão que tragam meritocracia e eficiência ao serviço público?”.
O senador citou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, como exemplo de gestor que tem adotado medidas liberais na administração estadual. “Ele estabeleceu a meritocracia como base para o servidor ganhar um 14º salário. Achei interessante. Lá, ele privatizou a Sabesp e reduziu o tamanho da máquina. Aqui [no Acre], podemos seguir um caminho semelhante, com concessões e parcerias público-privadas, especialmente no saneamento”, destacou.
Alan Rick criticou o atual modelo de gestão da Saneacre e do Saerb, classificando-os como “deficitários e ineficientes”. Segundo ele, o Acre é um dos poucos estados do país que ainda não adotou um modelo de concessão para o setor de saneamento. “O Brasil inteiro está partindo para isso, e o Acre ficando para trás. Precisamos avançar e entregar serviços de qualidade à população”, disse.
Durante o bate-papo, o senador também fez uma conexão entre os princípios do liberalismo econômico e fundamentos da ética cristã. Citando o livro A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo, do sociólogo Max Weber, Alan Rick afirmou que o desenvolvimento econômico e a responsabilidade social caminham juntos.
“O liberalismo econômico, aliado ao conservadorismo nos costumes, reflete valores da ética protestante. João Calvino, em Genebra, pregava que não adiantava ser cristão se não vivêssemos isso na prática — inclusive na gestão pública. Ele promoveu uma revolução no saneamento da cidade, mostrando que fé e eficiência caminham lado a lado”, argumentou o senador.
