Um estudo, elaborado pelo Instituto Trata Brasil e divulgado este ano, analisa os efeitos da falta de saneamento básico na vida de grávidas, crianças e adolescentes.
De acordo com os dados, 356 crianças, com idades de 0 a 6 anos, foram internadas, em 2022, por doenças causadas por contato com água contaminada. Já o número de crianças internadas por doenças respiratórias chegou a 944, totalizando 1.300 internações.
Ainda segundo a pesquisa, apenas 48% da população do Acre tiveram acesso à água tratada naquele ano. Acesso à rede de esgoto não passou de 10,5%.
A falta de acesso aos serviços de água e esgoto também influência no desempenho escolar. É que constatou os pesquisadores. No Acre, o atraso escolar alcançou 0,805% das crianças de 11 anos. A média acreana é maior que as médias nacional e da região Norte, 0,427% e 0,524%, respectivamente.
A disparidade idade-série no Acre alcançou 19,2%. Na região Norte, 11,0%. E a média Brasil, 7,6%.
“As unidades da Federação com maiores taxas de cobertura de serviços de água e esgoto são aquelas que tiveram menor atraso escolar e distorção idade-séria ao final da segunda infância”, dizem os pesquisadores Fernando Garcia de Freitas e Ana Lelia Magnabosco.