O governo do Estado do Acre, através da Secretaria de Governo (Segov), tem realizado reuniões diárias para alinhamento de ações conjuntas entre secretarias e órgãos públicos para mitigar os efeitos da crise hídrica e se antecipar à uma possível crise migratória decorrente da expulsão de imigrantes do Peru.
De acordo com o secretário de Governo, Alysson Bestene, o governador Gladson Cameli tem determinado total empenho das pastas para que os danos da seca sejam o mínimo possível e que a estrutura do Estado não seja surpreendida por uma entrada repentina de milhares de imigrantes em um único dia.
“Temos realizado inspeções nos reservatórios de água e estações de tratamento e distribuição através do Saneacre e podemos dizer que até o momento temos a situação sob controle graças ao empenho e à união de técnicos e servidores da autarquia. Quanto à uma possível crise migratória, já estamos com nossos três alojamentos preparados em Assis Brasil, Brasileia e Rio Branco”, relatou Alysson.
Para facilitar o planejamento das ações, o secretário explicou que está em curso a unificação dos comitês, já que tanto o problema da seca prolongada como o da migração exigem participação de secretarias de estado e órgãos comuns, como Governo, Saúde, Assistência Social, Defesa Civil, Meio Ambiente e outras. “Muitas das secretarias são essenciais tanto para um como para outro problema, portanto, a ideia é fundir os comitês”, afirmou.
A secretária de Assistência Social e Direitos Humanos (SEASDH) Maria Zilmar Almeida, que assumiu o cargo recentemente em substituição ao pastor Alex Carvalho, tem participado ativamente das reuniões tanto de um como de outro comitê.
De acordo com ela, restam 10 dias para o Estado estar organizado para recepcionar a provável entrada simultânea de centenas de imigrantes após 28 de outubro quando entra em vigor decreto do governo do Peru para a expulsão de estrangeiros sem vistos de residência no país.