Passava das 14h30min quando os deputados estaduais retornara para sessão na Aleac que decidiu sobre a proposta de minirreforma administrativa do governo de Gladson Cameli. O texto foi aprovado por unanimidade pelos 2e parlamentares com direito a voto, mas com ressalvas por parte dos deputados Roberto Duarte (MDB), Daniel Zen (PT), Edvaldo Magalhães (PCdoB), Maria Antônia (PROS), Jenilson Leite (PCdoB), Meire Serafim (MDB).
O consenso entre os parlamentares aconteceu depois de uma tensa reunião na Sala das Comissões, quando a emenda proposta por Roberto Duarte de ‘congelar’ os numero de Cargos em Comissão (CEC) criados pelo governo, ou seja, que não fossem criados mais cargos desse tipo e permanecessem apenas os 900 mantidos pelo Executivo. A proposta do emedebista foi derrubada por cinco votos contrários e quatro favoráveis.
Durante a sessão foi realizada a discussão e votação do destaque do Artigo 43 da proposta de minirreforma. Durante a argumentação, os deputados Roberto Duarte (MDB), Edvaldo Magalhães (PCdoB) e Daniel Zen (PT) se mostraram contrário ao destaque enfatizando haver incoerência no discurso do Executivo estadual ao vislumbrar a decretação de calamidade financeira e mesmo assim propor a criação de 513 cargos, entre CEC’s, FG’s, entre outros.
Os parlamentares contrários afirmaram ainda que a criação dos novos cargos leva a crer que o governo do Acre não passa por problemas financeiros. Sarcástico, Edvaldo Magalhães chegou a dizer que caso alguém o procurasse pedindo trabalho ele pediria a pessoa que procurasse algum parlamentar da base do governo, já que estes “teriam mais de 1300 cargos a disposição”.
Gehlen Diniz (PP) usou do tempo destinado à discussão dos destaques para rebater as alegações dos parlamentares contrários à criação de cargos. Diniz negou que a “maquina não está inchada”, já que com a criação dos novos cargos o governo gastará pouco mais de R$ 10 milhões por mês, fazendo ainda uma comparação com o governo anterior que, segundo o deputado progressista, gastava mais de R$ 17 milhões.
O líder do governo, José Luis Tchê destacou a celeridade na analise e votação da proposta por parte dos parlamentares.
“Ressaltamos a celeridade com que foi analisado e votado a proposta desse ajuste administrativo. Vala destacar o empenho e comprometimento de cada parlamentar e suas comissões”, disse Tchê.