As mortes do presidente da Federação Acreana de Futebol, Antônio Aquino Lopes, o Toniquin, e do empresário José Carlos, dono da Frios Vilhena, repercutiram na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) nesta quarta-feira (16). Os deputados Tanízio Sá (MDB), Eduardo Ribeiro (PSD) e Edvaldo Magalhães (PCdoB) utilizaram a tribuna para prestar homenagens e se solidarizar com as famílias.
Tanízio Sá foi o primeiro a discursar. Ele disse que Toniquin foi um acreano que trabalhou muito pelo esporte, sobretudo pelo futebol. Sá sugeriu ao governador Gladson Cameli que acrescente ao Estádio Arena da Floresta o nome de Antônio Lopes, semelhante ao que foi feito com a Fundação Hospitalar do Acre, que recebeu o nome do ex-governador Flaviano Melo, falecido em 2024.
“É o mínimo que podemos oferecer a esse cidadão que trabalhou tanto. É um cara que chegou a ser vice-presidente da CBF. Nos honrou muito”, disse o emedebista.
Já Eduardo Ribeiro, destacou que Toniquin foi “um incentivador da juventude e do esporte’. E lembrou: “as primeiras emendas que destinei foi para a Federação, a pedido dele. Ele ficou feliz com aquilo, quando soube que os deputados estavam destinando emendas”, completou.
A respeito de Zé Carlos, Eduardo disse que o empresário “era um incentivador da economia do estado” e que “empregava muita gente”. “Hoje é um dia de muito pesar para a sociedade acreana pelo falecimento dessas duas importantes figuras”.
Edvaldo Magalhães fez o discurso mais emocionado. Por mais tempo na tribuna, ele falou a respeito de Toniquin e Zé Carlos. Ao mencionar o presidente da Federação Acreana de Futebol, Edvaldo ressaltou o trabalho em defesa do esporte.
“Todos aqui, por alguma forma, por alguns momentos do debate do esporte e do debate do comércio atacadista e distribuidor, têm alguma informação acerca do Zé Carlos e do Toniquin. São duas pessoas que trazem uma história de contribuição com o estado do Acre, de forma marcante. Toniquin, em função das minhas missões como líder do governo e presidente da Assembleia, sempre tivemos diálogo. Toniquin foi sempre um conservador, mas nunca um extremista. Gente boa. Ele era questionado pelo tempo longevo de dirigir a Federação, mas é daqueles que construiu do zero. Foi responsável por dar protagonismo ao futebol acreano, botar o futebol acreano num patamar e por isso conseguiu protagonizar dentro da própria CBF. É alguém que parte deixando um legado. É no conjunto da obra que temos que olhar a trajetória das pessoas”.
Com relação a Zé Carlos, Edvaldo pontuou que acompanhou a trajetória do empresário ainda no começo da Frios Vilhena. “Da mesma forma, eu conheci o Zé Carlos, da Frios Vilhena, no começo da sua atividade comercial. Ali, no cantinho, ele começou a construir o seu negócio, trabalhando muito. No início do negócio ele mesmo dirigia os caminhões, com a ajuda de poucos”, disse ao afirmar que por trás do empresário, existia um “ser humano extraordinário” e um “empreendedor de visão larga e visão estratégica que ele sempre teve”.
E completou o líder da oposição: “Zé Carlos era uma pessoa muito solidária. Ele mobilizava o setor pecuário para as doações para o Hospital do Amor. Ele fazia isso como uma missão de vida. Trazia a empresa carimbada no próprio nome”.