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POLÍTICA

Possível derrubada de vetos na Lei das Eólicas Offshore pode encarecer conta de luz por 25 anos

Possível derrubada de vetos na Lei das Eólicas Offshore pode encarecer conta de luz por 25 anos

A Frente Nacional dos Consumidores de Energia (FNCE), alertou que a conta de luz dos brasileiros pode ficar mais cara pelos próximos 25 anos, com tarifas equivalentes à bandeira vermelha patamar 2 — aplicada em períodos de estiagem máxima. Isso pode ocorre caso o Congresso Nacional derrube os vetos presidenciais às emendas incluídas na Lei 15.097/25, conhecida como Lei das Eólicas Offshore.

Segundo a FNCE, se os vetos forem derrubados, o aumento na tarifa será de R$ 7,63 a cada 100 kWh consumidos, valor próximo ao da bandeira vermelha 2, que atualmente é de R$ 7,87/100 kWh. O impacto na conta de luz doméstica pode chegar a 9%, além de influenciar o preço de alimentos e serviços, já que o custo da energia afeta toda a cadeia produtiva.

O que são as emendas “jabutis”

As emendas incluídas na Lei das Eólicas Offshore são chamadas de “jabutis” — propostas sem relação com o texto original da lei. A FNCE alerta que esses dispositivos preveem o pagamento de subsídios e a contratação obrigatória de usinas de gás natural e carvão, o que encarece a conta de luz e vai contra os compromissos ambientais do Brasil.
O custo dessas emendas pode alcançar R$ 545 bilhões até 2050, afetando diretamente os consumidores.

Com o texto da lei retornando ao Congresso Nacional para análise em abril, há o risco de os vetos presidenciais serem derrubados pelos parlamentares. Para evitar o aumento na conta de luz, a FNCE trabalha para manter os vetos e orienta a população a cobrar os parlamentares.

Entenda as bandeiras tarifárias

O Brasil tem uma matriz energética majoritariamente hidrelétrica (65%), o que torna a conta de luz sensível a períodos de estiagem. Quando há necessidade de ativar usinas termelétricas, o custo da energia aumenta, e esse reajuste é sinalizado pelas bandeiras tarifárias:

  • Bandeira verde: sem custo adicional;
    • Bandeira amarela: acréscimo de R$ 1,88 a cada 100 kWh;
    • Bandeira vermelha patamar 1: acréscimo de R$ 4,46 a cada 100 kWh;
    • Bandeira vermelha patamar 2: acréscimo de R$ 7,87 a cada 100 kWh.

Se os vetos forem derrubados, os consumidores podem pagar valores próximos à bandeira vermelha 2 de forma permanente por 25 anos.