Uma fiscalização realizada pelos vereadores do MDB, Eber Machado, Fábio Araújo e Neném Almeida, em um galpão da Prefeitura de Rio Branco gerou tensão e denúncias de tentativa de cerceamento da atividade parlamentar. Segundo publicação feita por Machado nas redes sociais, os parlamentares foram recebidos com hostilidade e quase teriam sido agredidos por um funcionário municipal ao tentarem inspecionar o local.
O vídeo divulgado pelos parlamentares mostra um acalorado bate-boca entre eles e um funcionário do local. De acordo com os vereadores, o galpão abriga móveis, eletrodomésticos e botijões de gás que deveriam ter sido entregues a famílias atingidas pela enchente, por meio do Programa Recomeço, criado para auxiliar na reconstrução das residências atingidas.
As imagens divulgadas por Machado mostram os materiais empilhados e armazenados de forma irregular, o que, segundo ele, representa desperdício de recursos públicos e risco à segurança, especialmente devido ao armazenamento inadequado dos botijões de GLP.
Após o episódio, um secretário municipal — que, segundo Machado, estava fora da cidade no momento — publicou um vídeo acusando os vereadores de invadirem o espaço da Prefeitura. O vereador rebateu a versão e afirmou que a visita foi uma ação legítima de fiscalização, prerrogativa garantida por lei aos parlamentares.
Durante a inspeção, o funcionário que tentou impedir a entrada dos vereadores alegou que a presença deles poderia “instigar ladrões” a acessar o galpão, já que o local vinha sendo alvo de furtos. Eber criticou a justificativa e questionou a falta de vigilância e de transparência na gestão dos bens públicos.
“Enquanto móveis apodrecem em galpões, famílias seguem sem o que lhes foi prometido. Exigimos transparência, investigação e que o que é do povo chegue ao povo”, escreveu o vereador em sua publicação.
O emedebista encerrou a nota afirmando que não será intimidado e que continuará exercendo seu papel de fiscalização. A gestão do prefeito Tião Bocalom (PL) ainda não se manifestou oficialmente sobre as denúncias.
