Servidores da rede municipal de ensino de Rio Branco realizaram, na manhã desta sexta-feira, 16, mais um protesto em frente à sede da Prefeitura. O ato, organizado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac), marcou a formalização da greve da categoria, que será comunicada oficialmente ao Ministério do Trabalho.
Segundo a presidente do Sinteac, Rosana Nascimento, mais de 55 escolas participaram da mobilização. A principal pauta é o reajuste do Piso Nacional do Magistério, além da reposição de perdas inflacionárias. O sindicato também cobra o pagamento de auxílios para os funcionários das escolas e o cumprimento da oratividade, que prevê tempo fora da sala de aula para atividades pedagógicas.
“Hoje os professores têm 25 horas de aula semanal, mas deveriam ter 8 horas e 33 minutos de oratividade. Recebem apenas cinco. Isso é descumprimento da legislação. Os auxílios alimentação e saúde também são garantidos por lei, e não ferem a Lei de Responsabilidade Fiscal. O prefeito diz que há dinheiro, mas falta gestão. Portanto, não pagar é uma escolha política”, afirmou a sindicalista.
Ela também convocou a adesão total da categoria. “A greve precisa ser 100%. Não podemos permitir mais um ano sem reposição salarial. Ou os trabalhadores se unem, ou essa gestão continuará ignorando a Educação.”
Em resposta, o prefeito Tião Bocalom minimizou o impacto da greve e garantiu que o diálogo está aberto. Segundo ele, a prefeitura já avançou nas negociações desde 2022 e continuará avaliando as possibilidades dentro dos limites orçamentários.
“Tudo é feito com transparência. Os secretários de Educação e Administração vão discutir o que é possível ou não ser feito. Não vamos atropelar a economia do município. Esperamos que os servidores entendam que a prefeitura já fez muito além do que foi pedido em 2022. Tudo tem seu tempo e depende da capacidade da gestão em realizar”, declarou o prefeito.