O presidente do PT do Acre, Daniel Zen, saiu em defesa do engenheiro civil Marcus Alexandre, candidato derrotado do MDB à prefeitura de Rio Branco, que foi alvo, nesta sexta-feira (29), da segunda fase da Operação Têmis, cujo objetivo é avançar na apuração de crime de compra de votos ocorrido durante o primeiro turno das eleições municipais.
“Minha solidariedade pública ao Marcus Alexandre. Com todo o respeito ao trabalho da PF, mas, dessa vez, penso que eles foram ao endereço errado. Rio Branco toda sabe aonde estava o poderio econômica e quem foram os que agiram abertamente na compra de votos. Nunca se viu tamanha derrama de dinheiro, o voto foi inflacionado. E quem comprou e superfaturou o voto, definitivamente, não foi o Marcus, cuja campanha foi visivelmente marcada pelos parcos recursos, muito menos do que a campanha vencedora”, escreveu Zen nas redes sociais.
A operação
A primeira fase da operação, em 13/09 deste ano, aconteceu após a propagação de vídeo em que suposta líder comunitária teria oferecido atendimento médico gratuito à população, vinculando a oferta a candidato a prefeito da capital acreana. Na ocasião, seis pessoas foram alvos do trabalho policial.
Após análise do material probatório coletado nesta primeira etapa, foi possível identificar novos participantes da trama delituosa, dentre eles um ex-candidato a prefeito e dois ex-candidatos a vereador (um dos quais acabou eleito).
Na ação de hoje, policiais federais cumprem dez mandados de busca e apreensão em Rio Branco, expedidos pelo Justiça Eleitoral do Acre, com o objetivo de aprofundar a investigação e identificar eventuais outros envolvidos na prática delituosa, mediante a colheita de novas provas da captação ilícita de eleitores.
Além disso, com o esforço investigativo, a Polícia Federal cumpre a missão institucional de assegurar a integridade de um processo eleitoral livre e democrático, coibindo o abuso de poder econômico nas eleições.