O ex- deputado federal Flaviano Melo sempre se “gabou” falando ser o MDB o único partido no Acre que jamais esteve no palanque do PT.
Óbvio, que ele se referia sempre à política local. Isso porque, em nível nacional, o Glorioso foi sócio majoritário nas gestões petistas.
Agora, da forma mais dissimulada possível, o partido do velho lobo está abrindo a picada para construir um atalho que permitirá ao PT tentar viabilizar a voltar ao poder.
É fácil entender o jogo: os números indicam que, no Acre, a sigla PT é uma bola de ferro atracada nas pernas de qualquer que seja o candidato.
A probabilidade do petismo afogar um candidato é altíssima. O histórico das últimas eleições é trágico para o partido e justifica esses indicadores: o PT não elegeu sequer um vereador na capital , um deputado estadual ou federal para fazer, como diz o adágio popular, remédio.
Em 2022, de cada quatro eleitores de Rio Branco apenas um votou na chapa Jorge/Marcus.
Ou seja: pelo PT as chances de de vencer são reduzidas.
Vai ser muito bacana ver a ex-deputada Mara Rocha balançando a bandeira do candidato do PT infiltrado no MDB.
Jorge Viana, a esquerdalha do Condominio Ipê e toda tropa que foi varrida do mapa eleitoral e do poder já declararam apoio irrestrito ao pré-candidato Marcus Alexandre. Isso será histórico : desde sua fundação, o PT não terá candidatura própria na capital do Acre e exatamente no período no qual Lula voltou triufantemente à presidência do Brasil depois de passar 580 dias na cadeia .
O enredo anunciado será este: caso seja vitorioso, Marcus Alexandre reconvocará toda companheirada para integrar sua gestão.
Jorge Viana, que não esconde a condição de tutor dos passos de Marcus, sem dúvidas, vai reclamar o quinhão dele e o apoio para tentar se eleger a alguma coisa em 2026.
Por fim, como candidato majoritário não está sujeito aos laços da fidelidade partidária, se o MDB “frescar” muito, Marcus dará um “tchau” como agradecimento pelo uso da legenda.