Segundo a revista Forbes, o número de bilionários no Brasil cresceu durante o ano de 2020, e, segundo dados da Fundação Getúlio Vargas, o Brasil começou 2021 com mais miseráveis do que na última década. Os dados comprovam a máxima de que, durante as crises, sempre se ampliam as desigualdades e a concentração de renda. Os ricos ficam mais ricos e os pobres ficam mais pobres!
Sem sombras de dúvidas, o maior desafio do Brasil é a vacinação contra Covid-19 para a superação da pandemia que, além de ceifar centenas de milhares de vidas, estagnou uma economia que já estava em crise.
Mas vale destacar que somente a vacinação não será suficiente para tirar o Brasil da crise financeira que vivemos, ainda mais por que ela não é consequência apenas da pandemia ou mesmo de uma “herança maldita”, como alguns tentam fazer crer. A crise é fruto de decisões, ou ausência delas, do presidente Jair Bolsonaro e seu ministro da Economia, Paulo Guedes.
Vivemos em um país com o câmbio desequilibrado e, consequentemente, com a nossa moeda desvalorizada em relação ao dólar, somos auto suficiente de petróleo e seus derivados. Porém, pagamos caríssimo pela gasolina, diesel e gás de cozinha, simplesmente porque o presidente Bolsonaro mantém os preços dos derivados de petróleo vinculados ao dólar e aos mercados internacionais.
Com dólar alto acontece um desequilíbrio na balança comercial de exportação e importações, os grandes produtores preferem vender para o mercado externo em dólar, o que consequentemente gera escassez no mercado interno de produtos como os da cesta básica; arroz, feijão, óleo e carne, elevando seu custo para o povo brasileiro a patamares absurdo.
Não existe crescimento real no salário mínimo, além de haver instabilidade permanente para os trabalhadores com reformas que retiram direitos. Não se fala de emprego, renda ou mesmo em obras estruturais nas regiões mais pobres do Brasil, que poderiam além de melhorar as condições de vida das cidades gerar empregos rápidos e fazer girar dinheiro na economia.
O Brasil convive com a pandemia e com um presidente e governo genocidas, responsável pelos atrasos na vacinação e, consequentemente, pelas milhares de vidas ceifadas. Incompetente e omisso, Bolsonaro não constrói alternativas para salvar o povo da pobreza, destinando energias apenas na ocutação e dissimulação dos escadânlos envolvendo o filhos e o seu nome.
O que o Brasil precisa para superar a crise imposta é de vacina e de um robusto program de geração de emprego e renda! E, claro, de um presidente disposto a trabalhar de verdade pelo povo.
Cesario Campelo Braga - é presidente regional do Partido dos Trabalhadores no Acre