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ARTIGOS

Carteiros: essenciais ou não para as nossas vidas?

Carteiros: essenciais ou não para as nossas vidas?

Desde o início da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), que modificou totalmente a vida de toda a humanidade, fala-se muito dos profissionais de linha de frente de diversos setores, principalmente os da Saúde. Aguerridos e dedicados no que fazem, médicos, motoristas, policiais, enfermeiros, serventes e tanto outros se dedicam fielmente a tratar dos doentes para salvar vidas e manter o possível em funcionamento para que não haja uma paralisação total na vida cotidiana.

Mas há alguns trabalhadores que não são lembrados por cumprirem dignamente suas funções, mesmo carregando a mesma garra e heroísmo dos demais, os carteiros. E por que eles não ganham o mesmo reconhecimento na sociedade que os demais? O trabalho deles é irrelevante para todos nós? Os carteiros são ou não essenciais para as nossas vidas, principalmente neste período tão difícil para todos? Agora, pense, você tem algum produto comprado por lojas virtuais em casa?

Se a resposta for sim, agradeça a um carteiro e a importância dele para a nossa sociedade. Se atrasou, pense na falta de investimentos que o Governo Federal e a Direção dos Correios direcionam a empresa na intenção de gerar insatisfação geral na sociedade e conquistar apoio popular na meta de privatizar a entidade. No início e primeiro pico da pandemia, por exemplo, profissionais do Acre e de outros estados trabalharam sem equipamentos de proteção por meses.

Os que tinham álcool em gel e máscaras, insuficientes para cumprir o trabalho com segurança, tiraram do próprio bolso ou receberam os itens do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telégrafos do Acre (Sintect-AC). Faça chuva ou sol, o carteiro continua a realizar a entrega de cartas e produtos adquiridos pela internet, levando, ainda, donativos em período de calamidade pública, faz a entrega das provas do Enem, de urnas eleitorais, de livros didáticos, de insumos hospitalares e medicamentos. Mesmo sendo exposto ao vírus, sofrendo com roubos de carga, abordagens constantes de assaltantes, problemas de saúde devido ao trabalho são rotinas antigas e enfrentando até a inundação.

Mesmo com esse cenário e a constante pressão por metas impostas, que obrigam os trabalhadores a uma exposição que gera desgaste psicológico, esses guerreiros se mantém no campo de trabalho. Não só isso. Diariamente eles lutam para que os Correios continuem nas mãos do povo e se mantenham presentes nos 22 municípios acreanos e nas mais de cinco mil cidades do país, o que deixará de ser realidade com a privatização. Lute pelos Correios como um carteiro trabalha por você!

Privatização, não!

Suzy Critiny*
Presidente do Sintect-AC