Valores alheios não podem e não devem nos contaminar. Sobretudo se estes valores nos violentam. Isso me disse, dia desses, um amigo muito querido.
Mas, como manter a calma com o que se observa em termos de intolerância, quando se trata de uma mulher, profissional de sucesso, gestora capacitada, honesta e ética e que, nesses dois anos, trabalhou intensamente para o bem coletivo.
Alguns podem até dizer: não fez mais do que a obrigação. E eu direi: com certeza.
Mas não é o que se vê por aqui. Não mesmo!
Socorro Neri é uma gestora dessas que quase não existem mais. Essas tentativas de linchamentos, além de mascarar as questões que realmente importam, nos dizem muito sobre administrações passadas. Mostram-nos também quais indicadores alguns escolhem para se posicionar. E o que se percebe agora é que a ética miúda não se limita ao pleito, às eleições. Não é uma questão política ou sobre política. Ela parece fazer parte do viver de alguns: poucos, mas deveras covardes. Parece que predomina um ódio primitivo contra quem trabalha sério. E, com Socorro Neri, é assim, muito suor e trabalho. Inclusive neste último mês de sua gestão.
Entregas, vistorias, inaugurações, premiações... Ela não para! Até 31 de dezembro, como já determinou a todos da gestão, ela quer entregar tudo muito certinho ao novo prefeito eleito.
Já chega de injúrias, de recados em forma de musiquinhas apelativas, de misoginia, intolerância... Querem apontar o dedo? Então, primeiro, usem suaa réguas para medir a si próprios.
E, se querem mesmo saber, tantos ataques terão o efeito inverso. Conhecendo-a como conheço sei que, mesmo com muita tristeza por tantas inverdades, Socorro Neri vai saber transformar tudo isso em mais capacidade ainda para resistir.
Dignidade, ética e verdade são o seu legado para Rio Branco e também a demonstração de sua força moral para encarar os futuros desafios que por certo virão.
Meu respeito e solidariedade a essa mulher, cuja forma de fazer política muitos estranham ainda, mas dá uma esperança danada na gente, porque é CORRETA!
Que não prevaleça o ódio nem a omissão. As diferenças e o respeito são forças visíveis que nos movimentam.
Quem ainda não se deu conta dessa realidade precisa se reinventar. E quem não é capaz de respeitar essa dinâmica, reencontre-se com o espelho e cresça.
* Socorro Camelo é jornalista