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ARTIGOS

É na crise que um líder político marca a sua história

É na crise que um líder político marca a sua história

A maior crise sanitária do século ainda não acabou. Pode até haver uma falsa sensação de normalidade em razão da retomada parcial das atividades econômicas, mas, infelizmente, vidas perdidas se somam dia após dia e as notícias mais esperançosas fazem referência à possibilidade de haver uma vacina no fim deste ano. A pandemia afetou as múltiplas dimensões do curso da vida, no mundo inteiro. No Brasil, jogou luz sobre a chaga aberta da desigualdade social, colapsou o grandioso e resistente Sistema Único de Saúde e enfraqueceu ainda mais a já combalida economia.

Mundo afora, diversos líderes assumiram responsabilidades e deram exemplo na gestão da crise. Organismos internacionais se unem em prol da ciência e especialistas se debruçam frente a uma atmosfera de incertezas e tentam fazer um prognóstico de como será do futuro da humanidade, após a pandemia. Cria-se uma nova consciência no imaginário coletivo que aos poucos vai se transformando, se aliançando e construindo uma nova argamassa global que não se sabe como será, mas que está em processo.

No Brasil, numa decisão bastante acertada, o STF deliberou que a gestão da pandemia seria responsabilidade dos governadores e prefeitos, dadas as manifestações negacionistas e a falta de um plano coordenado, por parte do Planalto, para enfrentá-la. Aqueles, por sua vez, em sua maioria, administram a crise com a presteza e a responsabilidade que o momento crítico exige. Da esquerda à direita, entre erros e acertos, líderes regionais fizeram e estão fazendo o que não poderia deixar de ser feito. Estão cumprindo o dever de casa.

No Acre, o governador Gladson Cameli participa ativamente desses meses difíceis, no front da situação, e merece todo o reconhecimento pela forma como tem agido desde o início da crise: exercitou sensatez, mostrou equilíbrio e disposição para o diálogo e não mediu esforços para minimizar o drama social e sanitário das famílias acreanas.

Com senso de solidariedade, assistiu famílias de alunos da rede pública de ensino com cestas básicas, garantiu às famílias carentes o fornecimento de serviços básicos como água e luz elétrica sem possibilidade de interrupção, ofereceu apoio e incentivos para categorias economicamente vulneráveis, além de pagar adicionais e abonos salariais para servidores públicos de áreas essenciais.

Na corrida urgente para estruturar o sistema público de saúde, o governador buscou a aquisição de respiradores, medicamentos e EPIs junto ao governo federal e a empresas privadas e construiu, em tempo recorde, dois hospitais de campanha: um em Rio Branco e outro em Cruzeiro do Sul, que funcionarão permanentemente. Isso significa mais vidas salvas.

O governador publicou decretos normatizando as regras de funcionamento das atividades comerciais e seguiu, na condição de chefe do Executivo, as orientações das autoridades sanitárias e foi incansável em pedir apoio da sociedade a favor das medidas de contenção do vírus, usando ativamente as redes sociais e a mídia para tentar conscientizar a população. “O coronavírus vai passar e a vida vai continuar”. Essa é uma frase que revela um governador irmanado na fé em dias melhores e que ficará marcada no imaginário do povo acreano.

Para um líder, quando ascende ao poder, é bem verdade que os infortúnios são indesejáveis, mas ele deve estar consciente do ônus e das adversidades possíveis, que, se ocorrerem, a depender da forma como desempenha o seu ofício frente a elas, a história pode lhe atribuir o julgamento devido: ou a glória ou a desonra. Se a crise se encerrasse hoje e a história fizesse um julgamento amanhã, ao governador Gladson seria atribuída a glória. Porque os exemplos ficam marcados e a história é implacável em recompensar cada um por suas ações.

*Romisson Santos é professor.