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ARTIGOS

Mailza, a religião, o ser cristão e a margem de erro

Mailza, a religião, o ser cristão e a margem de erro

No Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, vale o registro da habilidade, maturidade e diplomacia com as quais a vice-governadora Mailza Assis, em sendo evangélica da Assembleia de Deus, uma igreja cristã pentecostal, tem se feito presença marcante em eventos e atividades religiosas de outras igrejas de religiões diferentes da sua.

O trânsito de Mailza faz-se notar não apenas pelo cargo público que ocupa, mas por quão republicanas são as relações de respeito mútuo que ela tem construído com sua conduta de valorização da fé e respeito às diferenças de opiniões e às pessoas sem se deixar estigmatizar por conceitos ortodoxos ou mesmo preconceitos. O âmbito religioso é um.

A agenda das recentes festividades católicas da passagem do Dia de São Sebastião, padroeiro de Xapuri, foi um desses momentos em que ela abraçou devotos fieis e por estes foi abraçada no sentimento convergente do amor e respeito ao próximo, pregados na fé cristã. Esta foi a segunda vez que a vice-governadora se fez presente e acompanhou os eventos em homenagem a São Sebastião lado a lado com cristãos católicos.

Há bem pouco tempo, no mês de dezembro, o mesmo se presenciou no Centro de Iluminação Cristã Universal (CICLU) Alto Santo, onde Mailza esteve para o evento de entrega de títulos da igreja fundada por Irineu Serra, uma entidade religiosa que realiza cerimônias com o chá de ayahuasca ou Santo Daime que hoje é dirigida por Irmã Peregrina, a viúva de 87 anos que segue ministrando sobre a sua fé.

Também no ano passado, Mailza esteve na União do Vegetal, em Marechal Thaumaturgo, na região do Juruá, para uma visita e boas conversas com os membros da entidade religiosa.

Os gestos e atos falam do quanto é possível conviver bem com as diferenças, priorizando o respeito e a dignidade no trato entre todas as pessoas. Mailza tem feito isso muito bem! A reciprocidade com a qual ela tem sido acolhida e respeitada por onde tem ido indica isso, com muito pequena ou quase nenhuma margem de erro.
O erro está em achar que o fato de uma pessoa professar determinada religião caracteriza um impedimento para a cortesia, a vivência em harmonia, o diálogo e a empatia com as de outras religiões ou mesmo de nenhuma.

* Eduardo Ribeiro é advogado e deputado estadual