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ARTIGOS

O dia em que a advocacia acreana fez história: A retumbante vitória de Rodrigo Aiache sobre os poderes políticos do Estado

O dia em que a advocacia acreana fez história: A retumbante vitória de Rodrigo Aiache sobre os poderes políticos do Estado

Poucas vezes na história recente do Acre um evento político e institucional causou tanto impacto quanto a eleição de Rodrigo Aiache à presidência da OAB/AC. Um verdadeiro grito de independência ecoou pelos corredores da advocacia, impondo uma derrota humilhante a duas das maiores forças políticas do Estado: o governador Gladson Cameli e o prefeito de Rio Branco, Sebastião Bocalom. Mais do que uma vitória eleitoral, esse feito foi uma declaração de altivez e autonomia da advocacia acreana.

Essa eleição não foi uma disputa ordinária. De um lado, estava a advocacia, representada por um líder comprometido com as causas da classe, alguém que carregava consigo a força e a resiliência de uma profissão que muitas vezes é colocada à prova diante dos desmandos dos poderes constituídos. Do outro, um aparato político robusto, mobilizando recursos e influência para subjugar uma instituição que sempre se ergueu como guardiã da Constituição e dos direitos fundamentais.

Rodrigo Aiache não apenas venceu; ele esmagou a tentativa de instrumentalização da OAB/AC. Com uma campanha pautada na defesa intransigente da advocacia independente, ele resgatou o espírito combativo de uma classe que há muito ansiava por um líder que representasse suas verdadeiras aspirações. A vitória não foi apenas dele; foi de todos os advogados e advogadas que, ao depositarem seu voto, reafirmaram que a Ordem dos Advogados do Brasil é um bastião de resistência e liberdade.

O resultado final foi um marco: uma derrota acachapante para os políticos que, talvez pela primeira vez, se viram impotentes diante da força coletiva da advocacia. A mensagem foi clara: a OAB/AC não será palco de interesses escusos nem ferramenta de manipulação política. A independência da advocacia foi reafirmada com vigor, deixando um recado inesquecível para todos os que tentarem dobrá-la.

Rodrigo Aiache entra para a história como um líder que enfrentou e venceu os poderosos. Sua campanha foi a tradução de um sonho coletivo: o de uma OAB livre, forte e combativa. Essa eleição, mais do que uma vitória eleitoral, foi a consagração de um ideal, o renascimento de uma advocacia altiva e destemida, que não teme desafios nem se curva diante de pressões.

O grito de liberdade dado pela advocacia acreana ressoará por muitos anos. Este é um momento para ser celebrado, lembrado e, acima de tudo, defendido. Rodrigo Aiache não apenas conquistou uma presidência; ele conquistou o respeito e a admiração de uma classe que se uniu para fazer história. E, ao fazê-lo, lembrou ao Acre e ao Brasil que a advocacia é, e sempre será, um pilar inabalável da democracia e da Justiça.

*Freud Antunes é jornalista, historiador, pós-graduado em Assessoria de Imprensa e Marketing Político, chegando a escrever para a Folha de São Paulo.