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ARTIGOS

Oportunismo, a gente vê por aqui

Oportunismo, a gente vê por aqui

A verdade anda numa pista e a deputada Michele Melo em outra.

É impossível que um órgão governamental efetue um pagamento, seja este de R$ 1,00 ou R$ 1 milhão, sem a emissão prévia da nota de empenho. Repito: é impossível.

O fluxo é o seguinte: o empenho é um bloqueio orçamentário, ou seja: é a indicação de que existe “orçamento” para o pagamento de determinada despesa.

Feito isso, o credor é chamando a apresentar a nota fiscal do bem ou serviço fornecidos e as respectivas certidões exigidas por lei.

“Montado” este processo, o Controle Interno do órgão faz a devida conferência e anota todas as inconsistências encontradas. O objetivo é esse mesmo: antecipar a identificação de erros. Se não fosse para isso, não haveria necessidade da existência de controle interno.
No caso da empresa Medtrauma o Controle Interno apontou falhas, todas sanadas antes do pagamento.

Depois de sanados todos os apontamentos, o empenho vai para liquidação e pagamento, claro, se houver dinheiro disponível.

Ou seja: dizer que algo foi pago sem empenho prévio ou nota fiscal é apenas lamentável desinformação por parte de quem foi eleita, entre outras atribuições, para fiscalizar o Executivo.

A nobre deputada é aquela que já se afastou da trilha da verdade, quando causou comoção na sociedade ao ocupar a tribuna da Assembleia para anunciar que estava sendo ameaçada de morte. Ou ainda, a tentativa de destruir a reputação do delegado Henrique Maciel, com insinuações de assédio sexual sem nunca ter apresentado um indício sequer.

Vale relembrar que Michele Melo jamais compareceu a uma delegacia para pedir o registro de boletim de ocorrência e foi imediatamente desmascarada quando usou o nome da Polícia Federal.

Na verdade a parlamentar está na beira da pista, tentando pegar carona para tirar proveito de uma denúncia que não é de autoria dela.