No Sul, as ruas antigas são de pedra. No Norte, em Rio Branco, as ruas são de tijolos.
Sob o sol, o calor sobe das ruas de tijolos de Rio Branco. É o Norte, longe daqui do Sul.
A chuva cheira a terra molhada. No Sul também, mas o cheiro é outro, porque é outra terra.
Em Rio Branco, há árvores, plantas, flores e pássaros. Só não vi joão-de-barro, que faz casas com argila, como os tijolos.
Os passos nos tijolos em Rio Branco não se ouvem por quem é do lugar. A natureza lá é assim.
Para quem vai do Sul, o som, o cheiro, os pássaros e as frutas de Rio Branco são como muita vida. E ouvem-se passos nos tijolos.
Os tijolos são ásperos, de barro. Há rachaduras na rua.
Os tijolos são vermelhos, as folhas são verdes e os pássaros, tem de toda cor.
Fecho os olhos no Sul e lembro as ruas de tijolos de Rio Branco. O Sul e o Norte são terras. Lembro e sinto.
Um tijolo. Dois tijolos. Uma rua de tijolos vermelhos em Rio Branco.