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Blog da Hora | Com Luciano Tavares

A cronologia de um racha: briga entre Bocalom e Petecão envolve Marcus Alexandre, Gladson e Bittar; saiba quem cai e quem não cai

A cronologia de um racha: briga entre Bocalom e Petecão envolve Marcus Alexandre, Gladson e Bittar; saiba quem cai e quem não cai

O racha entre o prefeito Tião Bocalom e o senador Sérgio Petecão começa a fazer suas vítimas a partir do Diário Oficial do Estado na próxima segunda-feira.
Marfisa Galvão, esposa de Petecão, vice-prefeita, encabeça a lista: ela será exonerada do cargo de secretária de Assistência Social do Município. Perguntada pelo blog sobre seu desligamento da pasta, Marfisa respondeu: “Tenho informações que será publicado na segunda-feira”.

Também estão na lista da degola o diretor de Assistência Social, Jeferson Barroso; e o presidente da Fundação Garibaldi Brasil, Pedro Aragão.

Durante esta semana, Marfisa se reuniu com o prefeito Bocalom, que comunicou a ela sobre a exoneração.

O prefeito tentou convencê-la a entregar a secretaria, Marfisa, porém, disse que não atenderia o pedido do prefeito.

Marfisa só não será desligada da vice-prefeitura porque foi eleita para o cargo. A ordem é isolá-la.

Cronologia do racha tem no meio Gladson, Marcus Alexandre e Bittar

O racha começou a vir à tona após as eleições de outubro passado quando Bocalom exonerou a chefe de gabinete de Marfisa Galvão.
Petecão não escondeu sua insatisfação, ainda naquele momento, ao comentar que considerou o ato do prefeito “deselegante”.

Mas há outros personagens da política local no meio dessa relação conflituosa.

As aparições de Bocalom e o governador Gladson Cameli, como um sinal de reconciliação, durante as inaugurações das luzes de Natal na praça da Revolução e na frente do Palácio Rio Branco, em dezembro passado; e a parceria entre o prefeito e o governador na realização do Carnaval da Família causaram ciúmes em Petecão.

Por outro lado, enquanto ainda mantém indicados na prefeitura, Petecão flerta com o ex-prefeito Marcus Alexandre, um dos principais adversários de Bocalom, a quem o senador faz questão de elogiar e não esconde o desejo de tê-lo em seu partido como candidato a prefeito em 2024.

O prefeito de Rio Branco também não engole a aproximação de Petecão a figuras do PT, PCdoB e PSB.

Marcio Bittar surge paralelo ao racha como herdeiro da estrutura de Petecão na prefeitura. Vai indicar os nomes que irão substituir os exonerados do PSD.

Nos últimos 30 dias, o senador acompanhou ao menos duas agendas do prefeito de Rio Branco a lugares atingindos pelas enchentes e abrigos do Município, sempre como super elogios a Bocalom e equipe.

Missão de Valtim

Jeferson Barroso recebeu a notícia de que será exonerado via Valtim José. A mando de Bocalom, o chefe da Casa Civil ligou para o diretor de Assistência da Sasdh comunicando-lhe da decisão do prefeito.

Outras dezenas de pessoas com cargos de menor relevância ligadas a Petecão também serão desligadas.

Nos bastidores comenta-se que o senador teria mais de 200 cargos no Município, mas o próprio Petecão e os líderes de seu grupo, como o presidente do Avante, Solino Matos, negam.

Pastor Bezerrinha e Coveiro

Na lista dos indicados de Petecão, algumas figuras conhecidas do meio político local não concordam com as atitudes do senador e de seu grupo, juraram fidelidade ao prefeito e devem permanecer em seus cargos: Francisco Bezerra, o Pastor Bezerrinha; e Marcos Coveiro, chefe dos cemitérios. Esses dois não receberam a temida ligação de Valtim José.

Por telefone, Bezerrinha disse que soube do rompimento pela imprensa, pois está “fora do Acre”.

Na tenda amarela, o famoso gabinete popular do PSD, há quem diga que Pastor Bezerrinha tirou férias de uma semana estrategicamente para não sofrer arranhões com o racha.

“Eu acho que eu não vou ser desligado... estou fora do estado e soube pela imprensa. Mas eu vi que alguns não serão exonerados e tomara que eu não esteja entre os que exonerados...”, disse o pastor.

Marcos Coveiro não esconde de ninguém sua lealdade a Bocalom, embora também seja agradecido a Petecão. Mas Coveiro diz ter escolhido um lado nessa briga.

“Sou Bocalom. O Bocalom para mim é um exemplo de vida. Eu Marcos Bryan, ex-Marcos Coveiro, vou com o Bocalom até o final da eleição.
O sangue pode dar até a canela, mas eu sou Bocalom. A ingratidão é a virtude dos fracos. O Bocalom vai ser reeleito. Eu sou grato ao Petecão eternamente. É meu amigo. Gosto ele, respeito. Mas ele escolheu outro caminho e eu vou seguir o meu com Bocalom”, encerra.