Frank Vidal, assessor do deputado Roberto Duarte, candidato do MDB à prefeitura de Rio Branco, e Wille Viana, assessor do vereador Emerson Jarude, também do MDB, foram os assuntos políticos da sexta-feira, 29. Ajudaram a imprensa e a rede a esquecer por alguns minutos as pautas sobre a Covid-19.
A dupla foi ao depósito da Secretaria Municipal de Educação, antiga Livraria Paim, na rua Rio Grande do Sul, fotografar para depois denunciar a suposta existência de merenda escolar com data de validade vencida. Eles entraram. Dizem que receberam autorização. Foi aí que a confusão começou. A Polícia Militar foi chamada, e a prefeita Socorro Neri foi ao local para tentar entender o que estava acontecendo.
Versões diferentes se confrontaram. O chefe do galpão disse que Frank e Wille invadiram o lugar. A dupla de assessores tentou se explicar. O robusto Frank ficou bravo. Wille, aparentemente mais calmo, tentou justificar a vistoria. Os dois foram autorizados a entrar junto com a prefeita. Entre a porta e o armazém, o policial militar que chefiava o grupo de PMs deu um carão em Frank Vidal. Disse ao emedebista para se apresentar melhor, pois Frank estava de bermuda e sandálias de dedo. O emedebista juvenil parece ter concordado balançado a cabeça.
Logo após a veiculação de um vídeo, as redes sociais foram tomadas de militantes. Coisa manjada. Aqueles que acham que a dupla cometeu excesso e os que concordaram com os assessores. A maioria tomada por recortes de imagens. Um erro. Um ponto não explica um todo.
Mas o fato é, aí sim, que qualquer pessoa, seja ela assessora ou não, pode e deve fiscalizar a coisa pública. Com o sem motivação política.
Os meios justificando os fins e vice-versa.
10 horas se passaram e o debate na rede são os trajes de Frank Vidal, sua bermuda apertada, as sandálias Havaianas e a deselegância do assessor com a prefeita.
São cortinas de fumaça sobre o fato mais importante, a merenda. E a pergunta é: há alimento vencido?