Em Rio Branco são 22 horas. E a balsa acaba de sair da Gameleira. A previsão do Friale é de uma viagem difícil até Manacapuru. O rio está seco. Encalhamentos serão inevitáveis.
O comandante-mor Marcus Alexandre tem dificuldade em conduzir a balsa, tamanha a quantidade de fumaça.
Sem visibilidade, ele pede ajuda dos mais experientes, os tais cabeças brancas, que desde o início da viagem ocupam o centro da embarcação em reuniões sentados à mesa azul com discussões intermináveis e nostálgicas.
Flaviano acende seu cigarro e dá um trago. Parece pouco preocupado.
Desolado, Petecão reclama. Gastou R$ 80 mil do fundo partidário na candidatura de Montana Jack, que tirou 113 votos. Do alto de uma cadeira, Montana tenta explicar...
De repente, eis que surge no fundo da balsa alguém com um refrigerante na mão. Pouco notado, escondidinho,
Jorge Viana reclama da fumaça.
Com vasta experiência de navegação desde o tempos do “Titanic da Kekeu”, Marfisa, com duas latinhas na mão, tenta assumir o timão da embarcação. Marcus, desconfiado, não deixa.
Do barranco do rio surge um pica-pau. Era Roberto Duarte, o Bolsonarista, com uma melancia na mão e gritando: “Ei, esperem por mim!”
Emerson Jarude e Jenilson Leite brincam de esconde-esconde, enquanto a balsa segue viagem até que João Correia puxa a cordinha da campainha
e pede a Marcus que pare no “Porto do Seu Pedro Gadelha”, pois Vagner Sales e Jéssica, sua filha, vão embarcar. E Michelle Melo, chegando de Plácido de Castro, pediu carona.