A 60 dias do início da nova legislatura, as movimentações pela disputa da presidência da Câmara Municipal de Rio Branco ainda estão mornas.
Quatro nomes, a priori, se colocam como candidatos ao comando da Casa: Elzinha Mendonça (PP), Samir Bestene (PP), Joabe Lira e Raimundo Neném (PL).
O Blog da Hora ouviu na manhã desta quarta-feira (30), 10 dos 21 vereadores eleitos que tomarão posse no dia 1º de janeiro de 2025. Todos disseram que ainda não decidiram em quem irão votar e esperam o avanço de negociações com a prefeitura e os próprios candidatos.
Os neófitos do poder querem sua parte na composição da Casa, não necessariamente na mesa diretora. “Indicação até em empresa terceirizada para apoiadores serve”, disse reservadamente em tom de brincadeira
um vereador eleito.
Samir Bestene
Samir Bestene, segundo os vereadores ouvidos pelo blog, largou na frente. Já conversou se não com todos, mas com a maioria. Detalhe: tem o apoio do vice-prefeito eleito, o seu primo Alysson Bestene.
Por outro lado, o nome de Samir não é consenso em seu partido, que também tem Elzinha Mendonça na disputa pelo comando da Casa.
Elzinha Mendonça
A Câmara de Rio Branco terá apenas duas mulheres na próxima legislatura. Elzinha Mendonça é uma delas. A parlamentar se destacou na atual legislatura como opositora ferrenha do prefeito Tião Bocalom. Esse, talvez, seja o maior empecilho da vereadora na disputa. A parlamentar tem como articulador nos bastidores o secretário de Educação, Aberson Carvalho, genro e entusiasta do mandato dela.
Elzinha também já começou a se movimentar, ainda que timidamente.
Joabe Lira
O policial penal e ex-secretário de Cuidados com Cidade, Joabe Lira (UB), seria o nome dos sonhos de Bocalom, mas o pesadelo dos vereadores. Os 10 eleitos consultados resistem ao nome de Joabe por causa de sua ligação umbilical com o prefeito. Temem que a Câmara Municipal perca sua independência institucional com o amigo de Bocalom na presidência.
Raimundo Neném
Atual presidente da Câmara Municipal, Raimundo Neném (PL), reeleito, é do tipo come quieto. Se movimenta, mas lentamente. Parece querer esperar as movimentações dos colegas para entrar na disputa mais incisivamente.
Bocalom e União Brasil
No União Brasil há o entendimento de que o partido teria direito e legitimidade para ter o presidente da Câmara por ser decisivo durante o período pré-eleitoral ao juntar governo, quando Alysson foi indicado como vice, e prefeitura.
Para o União seria natural a agremiação ocupar o comando do Legislativo, já que o PL tem o prefeito, e o PP, o vice.
O prefeito Tião Bocalom ainda não entrou em campo, pois acha que ainda é cedo, mas já deixou claro, durante o Papo Informal podcast, que quer participar do processo de discussão e fazer sua indicação.