As manifestações de março de 2013 com multidões nas ruas e os variados atos anticorrupção que tem a Operação Lava Jato como seu principal símbolo são parte integrante de um movimento nacional que levou Bolsonaro à Presidência da República, em 2018. Seus eleitores, de verde e amarelo, gritaram aos quatro cantos a favor da famosa operação que jogou empresários, políticos e até um ex-presidente da República, o petista Lula da Silva na cadeia. Mas eis que a Lava Jato chegou ao fim não pelas mãos da principal estrela do PT ou de figuras que queriam "venezuelizar" o Brasil. Não. Foi Messias, o enviado, o responsável por sepultar a ação de Estado que o levou ao Planalto.
Até Renan Calheiros, que dispensa apresentações, saudou o presidente da República pela decisão de acabar com o que ele chama de "Estado policialesco".
Em discurso no Planalto, o presidente afirmou nesta quinta-feira: "É um orgulho, é uma satisfação que eu tenho, dizer a essa imprensa maravilhosa que eu não quero acabar com a Lava Jato. Eu acabei com a Lava Jato, porque não tem mais corrupção no governo. Eu sei que isso não é virtude, é obrigação."
Ao fim do seu discurso, Bolsonaro é aplaudido por seus fiéis seguidores composto por um esquisito emaranhado que reúne bolsominions, gabinete do ódio, bolsonaristas, liberais na economia e conversadores nos costumes, os terrivelmente evangélicos, Carlos Bolsonaro, também conhecido como vereador geral da República, o centrão com Roberto Jefferson e cia, o 01, o 02, e o 04 "pegador".