A política acreana é uma salada ideológica das mais esquisitas. E o discurso de direita versus esquerda cai por terra quando a perspectiva de poder entra em jogo. Em Cruzeiro do Sul, a segunda maior cidade do Acre, por exemplo, a campanha de Zequinha Lima (PP), candidato à reeleição, juntou no mesmo palanque na noite deste sábado (27), durante convenção, o deputado estadual Edvaldo Magalhães, do PCdoB; os senadores Alan Rick e Márcio Bittar, do União Brasil; o governador Gladson Cameli, que é do PP; os deputados federais Coronel Ulysses (UB) e Roberto Duarte (Republicanos); e representantes do PL, de Jair Bolsonaro.
Sim, comunistas, conservadores, liberais, bolsonaristas, lulistas e diferentes “istas”, personagens que se declaram publicamente adversários, resolveram compartilhar o mesmo espaço político.
Oposição ao governo na Assembleia Legislativa, Edvaldo Magalhães fez um discurso inflamado justificando sua presença no palanque de Zequinha ao lado de figuras como Bittar e Ulysses, dois dos bolsonaristas mais radicais do Acre.
“O que é que faz com que eu esteja aqui é porque o Zequinha Lima foi capaz, governador, de juntar a todos, de juntar os diferentes e dizer que não basta ficar olhando um do lado do outro, porque Cruzeiro do Sul precisa olhar para o futuro.”
A aliança pró-Zequinha une PP, PSDB, PDT, PCdoB, União Brasil, Republicanos e PL.