Rio Branco vive um paradoxo, alguma coisa minimamente esquisita. Enquanto a prefeitura decide pelo retorno às escolas de alunos do 5º ano, o governo do Estado impõe regras, via decreto publicado no Diário Oficial, proibindo qualquer tipo de aglomeração, das 22h às 6h, fechando estabelecimentos de serviços não essenciais.
A medida tem por objetivo acabar com qualquer ajuntamento, seja na esquina da rua, na praça, na quadra de futebol, bar ou lanchonete, e consequentemente reduzir os riscos de contaminação por covid-19 e a eventual superlotação dos hospitais com pacientes infectados pelo vírus.
O governo espera que o decreto ajude a diminuir o crescimento da doença no Acre para que o estado não sofra à semelhança do Amazonas, Rondônia e interior do Pará, onde há falta de UTI's.
Mas se o Estado tem por objetivo impor regra para evitar qualquer tipo de ajuntamento, a prefeitura não. Ao contrário. A Secretaria Municipal de Educação decidiu pelo retorno de 1, 8 mil alunos à sala de aula. Todo mundo em ambiente fechado.
"Há uma cobrança da sociedade, dos pais e a criança tem a necessidade para ir à escola. Estamos tomando todas as providências possíveis para darmos início, a partir do dia 1º de fevereiro com a semana pedagógica, e nas escolas dia 8 de fevereiro", disse a secretária Nabiha Bestene quando fez o anúncio.
O decreto vale até o dia 25 de fevereiro. As aulas começam no dia 8 do mês do carnaval.