Major Rocha foi às redes sociais nesta terça-feira (20) e ao reclamar do "desrespeito" à mãe dele, uma senhora de 65 anos que é servidora na Fundação Elias Mansour, por causa das supostas ameaças da retirada de uma gratificação dela, chamou de desgoverno o governo da qual ele faz parte e integra constitucionalmente como vice-governador.
Rocha foi um bom parlamentar, pois sabe se opor. Fazer oposição é com ele mesmo. Na Assembleia incomodou o governo petista de Tião Viana. Na Câmara denunciou Lula ao MPF. E até hoje, como membro de um governo, jamais se comportou como se dele fosse parte dele, sempre tentou uma gestão paralela. Se nega a admitir que ele também é integrante dessa engrenagem chamada por ele desgoverno.
O militar teve quase dois anos para enxergar tal fato e pôr tudo às claras, mas só resolveu fazer isso agora depois de ter seu exercício minado dentro de seu mini-governo, um feudo significativo na estrutura estatal.
Talvez, Rocha, de fato tenha razão. E por ter razão seria melhor a ele renunciar o cargo de vice-governador, pois não há como convencer absolutamente ninguém de que o militar também não faça parte do que ele chama de desgoverno.
É a velha história do cuspir no prato que come.