Os trabalhos legislativos na Câmara Municipal de Rio Branco começam sem um líder do prefeito Tião Bocalom na Casa. A articulação política do prefeito bate cabeça, não consegue convencer ninguém da base a ter como função principal no parlamento defender o Executivo e seu chefe, inclusive de situações, coisas e pautas indefensáveis.
É uma espécie de déjà-vu. Em 2021, assim que virou prefeito, Bocalom e seus auxiliares tiveram enorme dificuldade para escolher um líder na Câmara.
O próprio prefeito, à época, parecia não entender a urgência de um defensor-mor. E só passou a ver a necessidade depois de quase sucumbir a um processo de impeachment. Na verdade, uma ameaça de um parlamento sedento, naquele momento, por barganha.
O curioso agora é que mesmo após reeleito no primeiro turno com boa margem de votos e com menos desgaste do que o início da primeira gestão, Bocalom e seus articuladores não conseguem convencer nenhum dos governistas a virar líder.
João Paulo Silva (Podemos), convidado mais de uma vez para função, não quis. Acha que precisa se familiarizar melhor com o parlamento.
José Ayache (PP) também não quis. Pensa parecido com João Paulo. Se considera neófito. Quer conhecer melhor a máquina legislativa.
O que chama atenção, porém, é que entre todos os vereadores ouvidos pelo Blog da Hora há um consenso: os articuladores de Bocalom dialogam pouco e mal, bem mal.
A oposição, que com ou sem um líder de Bocalom já promete muito barulho e dor de cabeça para o prefeito, comemora.