A prefeita de Rio Branco, Socorro Neri, segue os trilhos da prudência quando o tema é reeleição. Quando perguntada sobre o possível apoio de Gladson Cameli à sua candidatura, ela, claro, agradece e fala em afinidade com o governador do Acre.
Afinal, não é qualquer apoio.
Ao ser perguntada nesta quinta-feira (16) momentos antes da inauguração da ponte do igarapé Redenção, na Estrada do Quixadá, sobre o imbróglio envolvendo o PP, Bocalom e o governador, Socorro Neri afirmou, sem sequer citar nomes de candidato ou partido, que não dá opinião sobre aquilo que não lhe diz respeito. Foi bastante cuidadosa na afirmação.
"Eu tenho por princípio não me envolver em situação que não me digam respeito. Eu não posso ter nenhuma opinião sobre outros partidos. Eu sei apenas do meu partido, do PSB. A decisão que o partido do candidato vai tomar ou não, diz respeito ao partido e ao próprio pré-candidato", disse.
A prefeita do PSB tem toda razão. E suas palavras guardam nas entrelinhas o que chamamos de fidelidade. Pois a casa dela é o Partido Socialista Brasileiro, não o Progressistas, do governador Gladson Cameli. Traduzindo: cada um com seus problemas.
Partindo da premissa da própria prefeita de que cada partido deve resolver suas pendengas, como Socorro Neri agiria ou se portaria se estivesse no lugar de Gladson?
Como sabe "apenas de coisas do seu partido, o PSB", conforme disse a jornalistas, ela, certamente, estaria inclinada a apoiar um correligionário.
Mas contextos são contextos. Cada um tem o seu. E Cameli tem o dele no PP.