Jorge Viana candidato a governador, um vice indicado por Petecão e Jéssica Sales (MDB) como senadora. Eis a chapa dos sonhos de muitos petistas, alguns deles da direção estadual do partido, cuecas frouxas e apertadas.
"Com Vagner conosco seria a única forma de a gente disputar bem com o Gladson no Juruá", diz um importante petista.
O PT quer voltar ao poder. E tem chances. Para isso não descarta conversar com o MDB. E veem nos rebeldes do partido uma porta de entrada no Glorioso. No Acre, flerte entre petistas e emebistas já existiu em um passado não muito distante, mas jamais houve casamento.
O MDB sob o comando de Flaviano Melo sempre resistiu, e durante os 20 longos anos em que o Partido dos Trabalhadores governou o Acre e tinha totais condições de oferecer à sigla volumosos favores.
No Acre, o MDB tem seus feudos definidos e seus senhores: em Rio Branco e cidades vizinhas o partido é comandado pelo deputado federal Flaviano Melo; em Sena Madureira e região do Purus pelo prefeito Mazinho Serafim; e no Juruá o comando político é de Vagner Sales. Mazinho e Sales estão rompidos com o governo, embora alguns acreditem que o ex-prefeito de Cruzeiro do Sul esteja retornando ao Palácio após o encontro com o governador Gladson Cameli no último fim de semana.
O hoje flexível Jorge Viana jamais se esquivaria de um papo político com Vagner com desfecho de uma eventual aliança e tampouco o experiente ex-prefeito de Cruzeiro do Sul. O quebra-cabeça ou rascunho, como queiram, está em formação.