A ministra do Meio do Ambiente, Marina Silva, repreendeu, na última segunda-feira (27), o presidente da CPI das ONGs, Plínio Valério, por causa do uso inadequado do termo “caixa-preta” considerando-o pejorativo em relação aos negros, mas já usou o mesmo termo durante participação em 2018 em um debate sobre educação organizado pela Folha de São Paulo. Marina era candidata a presidente da República e na oportunidade ao ser perguntada sobre seus planos para a educação, a formação inicial dos professores e outros temas sobre o setor, respondeu:
“Eu fui para questão específica, mas eu comecei dizendo que o governo federal pode ajudar na articulação dos planos, o governo federal pode abrir a caixa preta”.
Durante a reunião da CPI das ONGs, Marina disse a Valério: “Caixa-preta, não, senador. Isso é uma forma pejorativa de se referir às pessoas pretas. Preta sou eu, que estou aqui do seu lado.”
Em 2018 Marina era oposição ao PT. À época candidata da Rede Sustentabilidade à Presidência, ao participar de uma sabatina organizada pelo GLOBO, Valor Econômico e revista Época, ela disse considerar Lula 'corrupto'.
Naquele mesmo ano, a ex-presidente Dilma Rousseff chamou Marina, em postagem no Twitter, de “dissimulada”.
“De tanto se esconder e se omitir dos problemas do país, a ex-senadora Marina Silva, que sempre foi dissimulada, agora difama. Fui vítima de um golpe cometido por uma aliança acusada de corrupção e gravada querendo o golpe para 'estancar a sangria'”, disse Dilma.