O apagão de informações sobre a recontratação ou não de quem ocupou cargo em comissão no primeiro governo de Gladson Cameli tem deixado muita gente sem dormir, em pânico e até chateada.
Nos últimos dias, o entra e sai da Casa Civil tem sido intenso, pois há quem acredite que o velho ditado ”quem não é visto não é lembrado” funcione bem em contexto de incertezas.
Ao menos três ex-comissionados procuraram o Notícias da Hora para reclamar da falta de um plano de readmissão já no mês de janeiro.
“Estamos igual bosta n’água. A gente trabalhou na campanha, balançou bandeira, acabou a eleição, fomos exonerados em dezembro, mas ninguém disse mais nada, não informa nada. Não tem um secretário ou diretor para avisar ou dar garantias. Tudo parado”, desabafa um ex-comissionado.
Outro ex-CEC lembra que há aliados que poderão ficar de fora da folha de pagamento em janeiro. Ele diz não entender o porquê da falta de comunicação dentro do próprio governo com pessoas que ajudaram a reeleger Gladson Cameli.
“Está uma bagunça, cara. A impressão é que ninguém fez nada nesses três meses depois da vitória. Nomearam os mais próximos ali, os assessores mais amigos, e é isso. Isso é o que eu tô vendo de onde eu tô… e aparentemente, tá todo mundo assim. Todos os meus amigos dizem que estão num apagão de informação. Folha já vai fechar, as nomeações não saem… tá muito complicado. Eu tô me sentindo bem desrespeitado. Mas não é nada que me surpreenda, mas uma baita decepção. Estamos passando em 23 o que passamos em 19, só que o grupo é o mesmo! Não era pra estar assim. Um saco.”