Um ano e nove meses se passaram e Gladson Cameli calou aqueles que diziam que no primeiro mês de seu governo os salários dos servidores públicos estariam atrasados e em no máximo seis meses o Estado estaria quebrado, completamente inviável.
Essa era a pregação daqueles que governaram o Acre durante 20 anos. Em todas as eleições eles espalhavam a notícia de que qualquer outro que comandasse o Estado que não fosse um Viana ou do PT o Acre se reduziria a nada.
Com uma propaganda repetitiva em rádio, TV, internet e jornais impressos, cardeais petistas conseguiram enfiar na cabeça das pessoas o mito de que só eles eram capazes de administrar o Estado. Uma fake de duas décadas que ainda ecoa no cérebro de muita gente e que caiu por terra na prática.
Além de quitar dívidas milionárias com fornecedores deixadas pelo governo passado e parte das rescisões, Cameli paga em dias, o que é uma obrigação, e antecipa 13º salários, um soco na gestão Tião Viana, marcada em 2018 pelo não pagamento de parte do 13º, o último ano do governo do petista.
Alguém pode citar o desalinhamento político do governo, o que é fato. E já era previsível antes mesmo de janeiro de 2019. Mas há como imaginar unidade em um governo com figuras como Flaviano Melo, Sérgio Petecão e Márcio Bittar? Isso sem citar o escancarado conflito entre governador e vice.
Por outro lado é inegável o esforço pessoal de Gladson Cameli na condução do Estado e sua luta para que a gestão dê certo. E isso ficou muito mais evidente nos últimos seis meses da pandemia de covid-19.