Rechaçando o negacionismo e a politicagem em torno da vacina contra a covid-19, o governador do Acre, Gladson Cameli, foi claro ao dizer que tomar a vacina será escolha de cada um, porém ele será o primeiro da fila a se imunizar. A declaração do governador, dada na frente do Palácio Rio Branco e gravada em vídeo, viralizou nas redes sociais nesta quarta-feira (16).
Cameli foi curto e grosso: "Quem não quer tomar não tome. Eu vou tomar. É só isso. Eu não vou ficar é nessa discussão política. Isso é coisa de quem não tem o que fazer".
O governador disse não entender como há pessoas que se negam a receber o imunizante e ao mesmo tempo transformam o tema em uma briga política eleitoral.
"Vivenciar tudo que nós vivenciamos, passar por tudo que nós passamos e ainda tem gente que quer entrar num debate desse, paciência, né. Eu vou tomar. A primeira que chegar me dê que eu tomo. Agora quem não quiser fique à vontade. Eu sei que a minha obrigação é trazer um milhão de vacina pra cá e se não quiserem eu compro."
Acre e outros 10 Estados manifestaram interesse na vacina do Butantan
Além do Acre, os Estados do Pará, Maranhão, Roraima, Piauí, Espírito Santo, Rio Grande do Norte, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Sul manifestaram interesse na aquisição da vacina contra a covid-19 produzida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac.
Semana passada, ao lado do governador Gladson Cameli, após reunião no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, João Dória (PSDB) afirmou que o Acre entrou definitivamente na fila pela aquisição da vacina. O Estado de São Paulo reservou 4 milhões de doses para outros estados eventualmente interessados.
O Acre também espera que o Plano Nacional de Imunização Contra a Covid-19 lançado nesta quarta-feira (16), no Palácio do Planalto pelo presidente Jair Bolsonaro, seja colocado em prática.
Conforme o plano estadual de imunização, 136.179 pessoas integram o chamado grupo prioritário no Acre e serão as primeiras a receberem a vacina. São pessoas com idade acima de 60 anos, trabalhadores da Saúde, indígenas, professores de instituições públicas e particulares, pessoas que sofrem de comorbidades, presos e servidores da Segurança Pública.