Único vereador eleito do PT em Rio Branco nas eleições do outubro passado, André Kamai não descarta a possibilidade de ser candidato a governador do Acre em 2026. Detalhe: em meio ao reacionarismo local e em um contexto em que a maioria dos políticos, por medo de perder votos, prefere flertar com a omissão e esconde sua ideologia, Kamai faz questão de dizer que é de esquerda e que, portanto, seria o candidato do campo progressista.
“Sobre a possibilidade de eu ser candidato, volto a te dizer o seguinte, primeiro, cara, você ser lembrado e ser ventilado numa possibilidade majoritária, eu que tenho uma trajetória no Executivo, tenho uma experiência no Executivo, trabalhei com todos os governadores do nosso campo e com os prefeitos, com todos os governadores e os prefeitos do nosso campo, e agora estou fazendo essa experiência parlamentar, ser lembrado nisso já é uma honra importante, eu me sinto muito feliz de que parte do meu campo político e parte da sociedade em geral olhe pra mim com essa possibilidade de fazer o debate, e eu, como te disse, jamais fugiria dessa possibilidade de realmente fazer a disputa, eu como também te falei já, eu não tenho feito uma militância em torno disso, uma construção de uma candidatura para governo. Isso não é a minha perspectiva, não é o que eu estou construindo agora. É óbvio que se esse campo entender que é importante que a gente tenha uma candidatura e que eu possa ser candidato, eu serei candidato”, diz o petista ao Blog da Hora.
Kamai pondera. Não se exclui do debate ou de uma possível candidatura, mas vê com bons olhos o surgimento de outro nome ou de um outro partido do campo progressista no contexto de uma e eventual candidatura da esquerda.
“Tem que ser fruto da aliança que nós estamos construindo, ela tem que ser fruto de um consenso entre os partidos e os campos que podem dialogar em torno dessa candidatura e ela precisa ser uma candidatura que estimule uma ampliação desse campo, que junte outras forças nesse campo também. Então, eu penso que o PT não pode colocar um nome como uma espécie de condicionante. Nós estamos buscando, prioritariamente, que o Jorge Viana seja o nosso candidato ao Senado nessa aliança. Essa é a nossa luta principal. Isso é a nossa questão principal. E eu defendo também, parte dos companheiros meus também defendem que a gente tenha um candidato ao governo, que é importante que nós tenhamos, mas não necessariamente que ele seja do PT.”