A vice-prefeita de Rio Branco, Marfisa Galvão, revelou “agonia” com o contexto vivido por ela dentro do PSD e as disputas internas do partido, por essa razão vai pedir desfiliação.
Marfisa, porém, que chegou a declarar a intenção de se filiar ao MDB, desistiu da ideia. Ela afirma que quer tempo para cuidar da família e fazer política, quando puder, mas fora de partido político.
“Eu só acho que eu tenho o direito de pedir desfiliação para poder repensar um pouco sobre a minha vida, pensar, ver se é isso mesmo que eu quero, continuar na política, se não tá na hora de eu sair um pouco de foco e cuidar mais da minha família. Então, pensando nessa situação, é que eu tô pedindo desfiliação do partido e não vou para partido algum, vou ficar sem partido. Claro que eu tenho o maior carinho pelo MDB e eu só desejo que o partido cresça, o MDB, e que siga firme, como desejo também que o PSD por ser o terceiro maior partido do Brasil, que aqui em Rio Branco ele seja o maior, o primeiro, e se eu puder ajudando de alguma forma mesmo sem partido, eu vou estar ajudando alguns amigos do PSD da forma que eu puder”, diz.
Marfisa manifestou, sem citar nomes, incômodo com assessores do senador Sérgio Petecão, seu marido e presidente do PSD.
O climão nas relações já conturbadas há anos ficou mais evidente no encontro da sigla no sábado passado com a presença de membros do MDB. Na oportunidade, o professor Carlos Augusto Coelho, homem forte do senador, e a irmã de Petecão, a vereadora Lene Petecão, mesmo sabendo da intenção de Marfisa de ser pré-candidata a vice na chapa do emedebista Marcus Alexandre, entraram na disputa interna ao anunciarem que também são pré-candidatos pelo partido.
“Às vezes eu fico meio agoniada nessa questão de estar apoiando o prefeito, o pré-candidato a prefeito, e eu acabo falando coisas que não tem nada a ver. Assim, a minha insatisfação com alguns assessores do senador Petecão, que são filiados ao PSD, é notória, né? Claro que todo mundo percebeu como é que foi que aconteceu a situação naquele evento lá de sábado. Mas eu não tenho nada contra o partido, eu sou muito grata a tudo que eu tenho hoje. Eu sou grata ao PSD, cresci dentro do PSD, aprendi a fazer política, só que num momento eu tô querendo me distanciar um pouco, eu não quero que as pessoas do partido fiquem me vendo como uma possível ameaça, por eu ser mulher do senador Petecão, eu ser uma ameaça, a candidatura de A ou B, seja candidatura a vice-prefeita, na chapa, indicação, ou seja candidata a vereadora. Eu estou num momento onde eu estou preocupada, a minha preocupação é com a minha família e com as pessoas que precisam de mim”, acrescentou.