Evangélica da Igreja Assembleia de Deus, a ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva, parece não se incomodar em vivenciar o cumprimento do versículo bíblico do evangelho de Marcos que diz que “não há profeta sem honra senão na sua terra, entre os seus parentes, e na sua casa”. Durante palestra no sábado (29) no auditório da Fecomércio, em Rio Branco, sob o tema “O papel das eleições municipais e do controle social no enfrentamento das mudanças climáticas”, Marina disse que vez ou outra ouve comentários de que ela não tem votos no Acre, mas afirmou que não fica chateada e lembrou que ao ser eleita em 2022 deputada federal por São Paulo e depois convidada para assumir o Meio Ambiente pelo presidente Lula pode, no cargo, ajudar o estado em que nasceu e onde começou sua vida política como vereadora, deputada estadual e senadora da República.
“As pessoas dizem: ‘Ah, mas se você tivesse no Acre não teria um voto...’ O Acre já me deu todos os votos necessários para que estivesse aqui, e eu sou muito grata. Mas como eu sempre trabalhei pelo Acre e pelo Brasil, agora era hora de o Brasil dar uma mãozinha pro Acre. Aí a Marina se elegeu por São Paulo e aí fica a cadeira pra outras pessoas.”
Marina citou, também, sua relação com Lula que apesar de rompida, ao menos publicamente, durante um bom tempo, após ela deixar o PT em 2009, foi restabelecida a partir do retorno do petista ao Planalto em janeiro de 2023.
“E eu sou muito agradecida porque o presidente Lula me chamou pela terceira vez. Vocês sabem que ficou apartado no período político, mas pessoalmente a gente nunca se apartou”, concluiu.