As últimas movimentações do PP no interior do Acre têm desagradado o PDT, um dos principais aliados do governo Gladson Cameli, e devem resultar em um desmonte de uma aliança pró-Alysson Bestene com os pedetistas.
“Essa relação ruim e desrespeitosa dificulta as coisas. Estão construindo partido e não aliança. Isso é surreal. Não se faz política com o fígado. O tamanho que o PDT tem hoje não pode ficar nessa situação. Pelo que estou entendendo eu sou aliado do Gladson e não do PP. Estou no governo por causa do Gladson Cameli”, desabafa o presidente do PDT, José Luiz Tchê, hoje secretário de Agricultura do Estado.
O PDT vê uma sequência de atos que dificultam qualquer possibilidade de continuidade de uma aliança com o partido de Cameli e abriu espaço para conversas com a pré-candidatura de Marcus Alexandre, do MDB, à prefeitura Rio Branco.
“Não vamos deixar de conversar com ninguém, não. A conversa com o Marcus foi lá atrás. O PDT não vai deixar de dialogar. Há emissários do MDB e vamos conversar”, informa Tchê.
O partido deve se reunir nos próximos dias para decidir seu rumo em 2024.
Tchê aponta desrespeito
Em Tarauacá, o Progressistas deve lançar o médico Rodrigo Damasceno, que se filiou recentemente ao partido, contra a atual prefeita da cidade, Maria Lucinéia, que em tese é aliada do governo.
O PP tirou o prefeito do Jordão, Naldo Ribeiro, do PDT; e em Assis Brasil, Jerry Correia, que estava apalavrado com os pedetistas, por meio de um acerto direto com o governador Gladson Cameli, acabou indo para o Progressistas. Há ainda o contexto contencioso no Bujari, onde os principais opositores ao prefeito Padeiro são do PP.
“O PDT vai se reunir e vamos decidir. Do jeito que está não tem condições de ficar. Tira um prefeito sem conversar com o partido. No caso do Jerry Correia
ficou feio, pois tinha um acerto com o governador e alguém do PP foi lá, passou por cima e filiou”, conclui José Luiz Tchê ao apontar que houve também um desrespeito do PP ao governador Gladson Cameli.