Escolhido para presidir a Câmara de Rio Branco, N. Lima conseguiu juntar PSB, PDT, PP, PSL, PSDB e Podemos a seu favor, partidos que em tese transitam em campos opostos, porém na prática mostraram que no fundo são o mais do mesmo.
A eleição do agora presidente do Legislativo municipal revelou mais um vez para uma legião de bobões que vive a discutir espectros políticos nas redes sociais que no fundo essa briguinha para saber quem é direita e esquerda não passa de um retórica na hora de pedir votos, pois no fim do jogo os dois lados acabam se completando pela similaridade nas práticas e a busca desenfreada pelo poder.
Não é segredo para ninguém que N. Lima é um bolsonarista de carteirinha, fã do presidente da República, o que por si só seria motivo de sobra para que os vereadores do PDT e PSB naturalmente rejeitassem seu nome.
Porém, a pretexto de uma composição e pluralidade na nova Mesa Diretora da Casa os parlamentares resolveram pôr o militar no comando do parlamento mirim. Detalhe: os partidos que se juntaram, há pouco mais de um mês estavam em palanques distintos com seus candidatos a prefeito: O PP de Bocalom; e o PSB de Socorro Neri.
O filósofo e escritor francês Jean-Pierre Faye afirmou por meio de sua famosa "teoria da ferradura” que direita e esquerda quando atingem seus extremos acabam se aproximando por causa das similaridades.
E o fim da "ferradura" revelou semelhanças entre os 12 pares de diferentes siglas que resolveram escolher o chefe da torcida organizada de Bolsonaro no Acre para presidir a Câmara Municipal.
Não à toa alguém já apelidou essa new esquerda de esquerdistas de shopping cujas causas são apenas de natureza estética.