O Conselho Estadual de Assistência Social não está nada contente com a articulação política do Palácio Rio Branco que deságua na substituição dos atuais gestores da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos por apadrinhados do deputado federal Fábio Rueda (UB) em troca da indicação de Alysson Bestene, do PP, pré-candidato a vice do prefeito Tião Bocalom.
Em nota, a entidade diz “repudiar as articulações políticas partidárias noticiadas na mídia local, onde tem como escopo a “entrega da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos” a fim de garantir apoio na eleição municipal, tratando essa Secretaria como espaço de clientelismo político e de assistencialismo”.
O conselho completa de forma enfática:
“Nos últimos quinze meses, a gestão da Secretaria já está no terceiro/a secretário/a, uma rotatividade que tem causado prejuízos a consolidação do SUAS no estado, com impactos diretos para a sociedade. Considerando a complexidade e a responsabilidade desta importante política pública, não é aceitável que seja objeto de “barganhas políticas”, que desconsideram os aspectos técnicos que devem nortear a escolha dos gestores, rompendo de vez com a lógica do clientelismo político, do primeiro damismo e outras ações que tratam a assistência social como uma ação fragmentada, denominada
como “ação social”.
Nas últimas semanas, a imprensa vem trazendo à tona uma negociação entre o governo e o União Brasil cujo objetivo é entregar duas secretarias, a de Relações Federativas, que deve ser comandada pelo médico cardiologista e presidente da executiva municipal do partido, Fábio Rueda, e a Assistência Social, que tem dois indicados do suplente de deputado, como garantia para que o PP integre a aliança de Bocalom indicando o vice.
Semana passada ao Blog da Hora, o governador Gladson Cameli assegurou que o que foi prometido ao União será cumprido.