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Blog da Hora | Com Luciano Tavares

No Acre, esquerda e direita se juntam no mesmo balaio na disputa por prefeituras

No Acre, esquerda e direita se juntam no mesmo balaio na disputa por prefeituras

Não há esquerda e direita por aqui. O que existe é conveniência pelo poder. A ideologia é o estômago, a necessidade de sobrevivência por meio de um cargo bem remunerado ou a manutenção de uma empresa qualquer via contrato com o poder público. O resto é grito e verborragia em intervalos de dois anos, pois nas eleições as conveniências se agrupam e formam frentes políticas com variados nomes bonitinhos e atraentes.

E todos estão em um mesmo balaio: tucanos, emedebistas, comunistas, progressistas, verdes, vermelhos, petistas, religiosos, de veia sindical, trabalhistas, seja governo ou oposição. É uma salada só por um único interesse: o poder!

Neste ajuntamento esquisito há, entretanto, aqueles que se consideram puritanos. Os que sempre viveram sob as tetas do Estado, se arrogam liberais, condenam quem tem viés socialista, mas não dispensam o apoio de um esquerdista. Oportunismo puro. Incoerentes!

No fim de semana, Petecão dividiu palanque em Mâncio Lima com comunistas e petistas em declaração de apoio à pré-candidatura à reeleição de Isaac Lima, do PT. Petecão avisou que tem alianças com o PT no Jordão e em Manuel Urbano.

Em Cruzeiro do Sul, Zequinha Lima, pré-candidato à prefeitura do PP, aquele partido que já foi chamado de Arena, a Aliança Renovadora Nacional, partido criado em 1965 para dar sustentação à ditadura militar em uma espécie de marcha contra a ameaça comunista, terá no seu palanque o PCdoB e o PT.

Não à toa, o senador Sérgio Petecão, que tem construído alianças diversas e para todos os gostos, afirmou que não se juntar com esse ou aquele partido por questões ideológicas "é besteira".

Ele citou dois exemplos: o do governador Gladson Cameli que vai subir no palanque de Socorro Neri em Rio Branco; e de Major Rocha, que tem como pré-candidato à prefeitura, o hoje tucano Minoru Kinpara, um antigo presidente do PT na capital.

E quem imaginaria até pouco tempo o PSL no mesmo palanque do PSDB? É o que vai ocorrer nas eleições municipais com os liberais tupiniquins que tanto chamavam os tucanos de "petistas disfarçados" e agora serão obrigados a pedir votos para Kinpara.

No Acre, todo mundo é ao mesmo tempo petista, comunista, direitista, esquerdista, liberal e tucano, embora negando.